Não sendo crente tenho desde sempre grande admiração
pelo trabalho de D. Manuel Clemente, nos mais diversos locais e especialmente cá
no Porto, bem como pelo que sempre foi escrevendo e lhe mereceu muito
justamente ser premiado, e até pelas “aparições” públicas em vários locais e
até eventos, sempre com a palavra certa e com apoio a quem dele nas mais
diversas circunstâncias, necessitava.
Por certo, agora em Lisboa, com mais responsabilidade,
dado que é o cargo de maior importância na Igreja de Roma para o nosso País,
fará muito trabalho de bastidores e não terá tempo ou apetência para aparecer
mais, publicamente.
Porém, nestes tempos tão difíceis e complicados,
todos, mesmos nós não crentes, necessitamos de ouvir Pessoas que nos têm algo a
dizer -com verdade e conteúdo - e que o dizem frontalmente, e tínhamos a “isso”
sido habituados com Manuel Clemente. E faz falta estar a tão pouco aparecer.
O Papa Francisco que para crentes dirá muito, mas a
não crentes também nos diz, continua intensa e acertadamente a aparecer, e a
fazer-se ouvir. E a fazer mostrar a diferença positiva, que sendo cada vez mais
difícil, não é totalmente impossível, neste tempo de desnorte e de demasiadas
pessoas a falar quando melhor fariam se caladas ficassem.
O próprio Obama que perdeu, não por culpa própria mas
também pelo momento, pelo sistema, interesses e dinheiros, e por quem o rodeia
a maioria das apostas que teria querido levar até ao fim, mas, ainda não
desistiu. E ainda é ouvido e “bem aparecido” quando a todos, não só americano,
fala.
À sua e nossa dimensão seria interessante continuarmos
a ver, ouvir e ler D. Manuel Clemente, como acontecia quando estava cá no
Porto.
Por vezes dizem- se calhar sem fundamento – que quando
se vai do Porto para Lisboa algumas relevâncias ficam pelo caminho. Por certo
“isto” é mais uma maledicência que uma verdade. Mas seria importante para todos
neste País tão desnorteado, continuarmos nos vários quadrantes a ouvir as
poucas Pessoas que temos – algumas nunca deixaram e bem de falar-nos - e que
nos podem muito dizer, entre as quais mesmo a não crentes, o D. Manuel
Clemente.
Assim o esperamos!
(DN, 2-5-2014)
Augusto Küttner de Magalhães
Os tempos estão difíceis, e quem tem responsabilidades que afectam milhões de pessoas não pode agir como se nada se passasse. Cada hora que avança nesta sociedade traz novos problemas ou multiplica os existentes. Tive a sorte de ouvir o professor Manuel Clemente nalguns cursos da Universidade Católica e achei que, para além da sua sabedoria, é um homem simples e do melhor trato. Sou agnóstico, logo não pertenço ao rebanho de qualquer pastor, pelo que tenho uma opinião não comprometida. Às vezes um certo retiro é necessário para repensar caminhos.
ResponderEliminarSem dúvida, mas estas Pessoas que teem saber e são simples do trato, devem ser quem a todos fala, mesmo a nós não crentes.
EliminarOs do costume nada dizem....antes pelo contrário....que se calem.....
abraço
augusto
Ao prosador do texto e ao comentador Tapadinhas, os meus respeitos.
ResponderEliminarForte abraço José Amaral
ResponderEliminarAugusto