quinta-feira, 19 de junho de 2014

Quando voltará Olivença a ser Portugal?

Nota: o texto abaixo, da minha autoria, foi já publicado neste nosso espaço A VOZ DA GIRAFA, em 25/12/2013, e, no dia seguinte, 26/12, recebi do GAO - GRUPO DOS AMIGOS DE OLIVENÇA, um texto de agradecimento, do qual passo a transcrever excertos do mesmo:

'Caro José Amaral, 
Recebemos com grande agrado as suas palavras, o seu interesse e empenho na resolução da questão em torno de Olivença.
Como bem saberá o GAO sempre tem pugnado e defendido activamente a reintegração da Vila de Olivença e seu termo no Território Nacional do qual foi apartada à força.
A acção do GAO sustenta-se naquela que tem sido a posição repetidamente afirmada e nunca desmentida pelo Estado Português de que 'Olivença é território português'.
Uma vez mais gratos pelo seu contacto, pelo seu apoio, que muito nos honra, e pela disponibilidade para tornar a nossa causa mais forte e premente.
Que os  nossos esforços sejam levados a um patamar qualitativo superior para que, no mais curto espaço de tempo, Olivença e os oliventinos possam regressar à Pátria Portuguesa.'

Agora, o meu texto foi dado à estampa no Boletim OLIVENÇA PORTUGAL, de Maio 2014 - nº 18 - III Série

Estamos quase em outro ano: 2014, sem que no ano que
ora finda os meios diplomáticos portugueses tivessem
envidado o mínimo esforço acerca da rapinagem que a
vizinha Espanha vergonhosamente exerceu sobre
Portugal, usurpando-lhe o território oliventino com a bela
e histórica cidade de Olivença incluída.
De facto, remontando-nos aos últimos anos do final do
século XVIII e os primeiros quinze anos do século XIX,
Espanha e França perpetraram muitíssimas traições contra
Portugal.
Depois de Portugal ter ajudado militarmente a Espanha
contra a França (na Campanha de Rossilhão), estas duas
nações, com muitas jogadas palacianas, tentaram por
todos os meios, usando até a força das armas, retalhar a
nação lusitana entre si, conforme o acordado e secreto
Tratado de Fontainebleu, para, de seguida, com as
invasões francesas (de 1807 a 1811) e demais actos
afrontosos fronteiriços (Guerra das Laranjas),
arquitectados pela política traiçoeira de Espanha em
conluio com a França de Bonaparte, Portugal ter sido
forçado a ceder a praça de Olivença (através do Tratado de
Badajoz), apesar da Comunidade Europeia das Nações ter
obrigado a Espanha a restituir tais terras oliventinas a
Portugal, conforme ficou estipulado no
Congresso/Conferência de Viena, no seu art. nº 105, que
decorreu entre Setembro de 1814 a Junho de 1815.
No entanto, até hoje, decorridos duzentos anos, Portugal
continua amputado de parte do seu território, sem que
nada seja feito para contrariar tal incumprimento
espanhol, nem ninguém obrigue a Espanha a cumprir o
que a Lei Internacional de Nações decidiu, repondo o
território roubado (o de Olivença), o que não aconteceu até
aos dias de hoje.
É bem verdade o ditado que reza assim, com mais um
pequeno alongo que agora lhe faço: “de Espanha, nem
bom vento, nem bom casamento, como também, nem
exemplar cumprimento”.


José Carvalho Amaral

(Sócio nº 675 – V. N. de Gaia)



Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.