domingo, 31 de janeiro de 2016

TONY CARREIRA

Tony Carreira, tem boa voz, é bom intérprete e faz-se acompanhar de bons músicos. Mas, o que canta, são versinhos choradinhos de cordel. Cá, arrasta multidões, principalmente de balzaquianas e outras mais entradotas. Em França, ( e não só) é o ídolo dos emigrantes, que só em Paris são 1 milhão. O Governo francês, que está atento, ao condecorá-lo, agradou a toda essa gente e ao seu bolso.
Francisco Ramalho

Corroios, 31 de Janeiro de 2016

UM CANDIDATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA, FABRICADO PELA TELEVISÃO

Resultado de imagem para MARCELO REBELO DE SOUSA



Passados que foram estes últimos oito dias, e, após as eleições presidenciais, já vai começando a ser tempo, mais do suficiente, direi eu, para lentamente assentar a imensa areia, que se levantou nestes últimos dias, em redor destas eleições. O então eleito e mais votado, para Presidente da República, no passado domingo dia 24 de Janeiro, por alguns concidadãos, foi o Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, (MRS). Mas antes de mais, devo confessar publicamente e com toda a honestidade, que não foi o meu eleito e como tal não irei considera-lo como meu presidente, somente irei ter um papel, como cidadão, de respeito pela figura como Chefe do Estado.
Contudo, devo render-me à evidente votação, que alcançou e que se cifrou nos 52%, e assim render-me à vontade da maioria dos portugueses, que o votaram para Presidente da República, e simplesmente endereçar os meus parabéns, (caso tenha acesso a este “blogue”, que tenho as minhas dúvidas que o faça), para o alto cargo que irá desempenhar. Será assim na história da nossa República Portuguesa, o 20º. Presidente, (inquilino, da Casa Cor-de-Rosa de Belém), a poder sentar na “cadeira do poder”, após a implantação da república, desde do dia 5 de Outubro de 1910, para um mandato para os próximos 5 anos, como Chefe de Estado. O eleito para o cargo foi o Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, (MRS), catedrático, e ao mesmo tempo, o comentador televisivo, que durante 15 anos, passou a fazer intervenções no telejornal e como tal, devido a esse facto foi um candidato que teve sem qualquer dúvida, maior tempo de antena, tendo como tal e por isso, tirado mais vantagens, pois foi completamente fabricado pela pequena caixa que mundo o mundo, a televisão, tendo como tal maior tempo de antena, tendo tido na minha modesta opinião, tirado aos restantes nove candidatos, o protagonismo que deviam ter tido que que eles também mereciam.
Mas, não sendo o meu presidente, mas por ser um homem inteligente, assim o considero, quero acreditar, que venha a conseguir mudar a política, e ser um árbitro isento e com ideias renovadas, para bem do País.

(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.809 do Diário de Notícias da Madeira de 04 de  Fevereiro de 2016)
(Texto-opinião, (resumido), publicado na edição do Correio da Manhã de 05 de Fevereiro de 2016)
(Texto-opinião, publicado na edição do Jornal de Notícias de 06 de Fevereiro de 2016)
(Texto-opinião, publicado na edição do DESTAK de 17 de Fevereiro de 2016)


MÁRIO DA SILVA JESUS





O COMBATE DAS IDEIAS

                                                     A IGUALDADE E O FILÓSOFO
Os escritores que no decurso do séc. XVIII forneceram à nossa moderna democracia política a sua base filosófica, não se voltaram para o Cristianismo para encontrarem a doutrina da igualdade humana. Eles eram, para começar, quase sem excepção, escritores anticlericais para quem a ideia de aceitar qualquer auxílio da Igreja teria sido extremamente repugnante.
Além disso, a Igreja, conforme organizada para as suas actividades terrenas, não lhes ofereceu qualquer auxílio, mas sim uma franca hostilidade. Ela representava ainda mais claramente do que os estado monárquico e feudal, aquele princípio medieval de governo hierárquico e aristocrático contra o qual, precisamente, os equalitários protestavam.
A origem da nossa ideia moderna de igualdade humana tem de encontrtar-se na filosofia de Aristóteles. O tutor de Alexandre o Grande não era, na verdade, um democrata. Vivendo, como o fazia, numa sociedade detentora de escravos, ele considerava a escravatura como um necessário estado de coisas.
Aquilo que está, está certo; o familiar é o razoável; e Aristóteles era um detentor de escravos, não um escravo ele próprio; não tinha qualquer motivo para se queixar. Na sua filosofia política, ele racionalizou a sua satisfação com o estado de coisas vigente e afirmou que alguns homens nascem para serem senhores(entre os quais ele, é claro) e outros para serem escravos.
Mas ao dizer isto estava a cometer uma inconsistência. Porque era um preceito fundamental no seu sistema metafísico, que as qualidades específicas são as mesmas em todo o membro de uma espécie. Os indivíduos de uma espécie são os mesmos em essência ou substância. Dois seres humanos diferem um do outro na matéria, mas são o mesmo na essência. A qualidade humana essencial que distingue a espécie  Homem de todas as outras espécies é idêntica em ambos.

NOTA – texto de Aldous Huxley, transcrito por

Amândio G. Martins

sábado, 30 de janeiro de 2016

Se

Se
    o mundo é dos sonhadores,
e das searas são os ceifeiros;

Se
    a Lua é também dos sonhadores,
dos poetas e de todos os amores,
então para quê tanto horror
em vez de se fazer somente amor?

José Amaral

Pensamento do dia

Após  constatações e factos conhecidos, eis o meu pensamento do dia: - na defesa dos superiores interesses do país, as oposições - tanto políticas como económicas -, convergem entre si e solidarizam-se apenas na defesa dos seus próprios e imorais interesses, salvo raras excepções.
Por isso, Portugal está nas mãos de tais corruptos interesses, que o sufocam o tempo inteiro.

José Amaral

PENSAMENTO EM ACÇÃO

IGUALDADE E CRISTANDADE
Do ponto de vista do facto histórico, a noção de igualdade humana é um produto recente e, longe de ser uma verdade directamente apreendida e necessária, é uma conclusão logicamente tirada de assunções metafísicas preexistentes. Nos tempos modernos, as doutrinas cristãs da irmandade dos homens e da sua igualdade perante Deus foram invocadas em apoio da democracia política. Muito ilogicamente, no entanto.  Porque a irmandade dos homens não significa a sua igualdade. As famílias têm os seus patetas e os seus homens geniais, as suas ovelhas ronhosas e os seus santos, os seus êxitos e os seus falhanços mundanos.
O homem deve tratar os seus irmãos amorosamente e com justiça. Mas os méritos de cada irmão não são os mesmos. Nem a igualdade dos homens perante Deus significa a sua igualdade conforme ela é entre eles. Comparada com uma quantidade infinita, todas as quantidades finitas podem ser consideradas iguais. Não existe nenhuma diferença, quando se trata de infinidade, entre um e mil.
O nosso mundo é um mundo de quantidades finitas e, quando se trata de assuntos terrenos, o facto de todos os homens serem iguais em relação à quantidade infinita que é Deus é inteiramente irrelevante.
A igreja conduziu em todos os tempos a sua política terrena na assunção de que tal era irrelevante. Só recentemente é que os teóricos da democracia apelaram para a doutrina cristã para obterem uma confirmação dos seus princípios igualitários. Mas a doutrina cristã não dá tal apoio.

NOTA – Texto de Aldous Huxley, transcrito por

Amândio G. Martins

A taxa do comes & bebes

 Os comerciantes da restauração juntos com os representantes das bebidas com ou sem álcool, mais ácidas,doces, ou mais espirituosas, vêm agora protestar contra o Governo actual, e acusá-lo por não cumprir uma promessa eleitoral. Ora não tendo ganho o PS as eleições, e ficando atrás da coligação, que nada acerca de tais taxas prometera reduzir, é caso para nos interrogarmos em quem é que é eles, os empresários do ofício do comes &bebes, em quem é que votaram, uma vez que foi o PàF que granjeou a fama de vitorioso no dia 4 de outubro de 2015. Será que eles jogaram com um pau de dois bicos? Quiseram eles a vitória do Passos e do Portas, mas como não aconteceu conforme o resultado que deu e em que tudo acabou, acham-se agora no direito de pedir a este governo legítimo a aplicação de uma medida que por razões de compromissos sérios, escassez de finanças e do estado da economia e da dívida universal em que o país se encontra o obriga a recuar parcialmente, já que o anterior governo de coligação foi quem nunca mostrou igual vontade de satisfazer nem um "poucochinho" a pretensão reivindicada que lhes serve de protesto agora? Não será que se tais empresários votassem todos no PS e este partido por si só governaria com outra folga e mais autoridade, e estivesse em condições de levar avante as promessa feitas sem os receios que o rodeiam, quer internos quer externos, desde Lisboa a Bruxelas, e então sim, os comerciantes tinham outra legitimidade para exigir a este governo o que não exigiram ao anterior? Que taxa de IVA acham eles que deve ser aplicada nos posicionamentos próprios de "classe do farnel e de polítiquice do caldeirão", sem apanhar uma bebedeira de oportunismo que já fumega?

Algo vai mal no Reino da Dinamarca

Há muitos, muitos anos, dei comigo a cultivar uma simpatia muito especial pela Dinamarca. Na base dessa admiração, estaria, talvez, a revelação que, na altura, me foi dada a conhecer do papel heróico do seu Povo durante a ocupação nazi, quando tantos e tantos, arrostando perigos vários e sérios, se solidarizaram com a população judia e, orgulhosamente, ostentaram nas vestes a estrela de David. Não posso nem quero julgar os actuais descendentes pelas decisões políticas dos seus representantes, aliás, legitimamente eleitos. E quero continuar a pensar que, no seu âmago, os dinamarqueses continuam a ser aquele Povo que, mais do que simpático, é solidário, inteligente e anti-racista. Ou será que os ventos da “modernidade” que têm varrido o mundo, substituindo valores e humanidade por dólares, euros e yuans, são mesmo imparáveis, e tudo o que não dê “grana” nos mercados não passa de lixo? Será mesmo que as autoridades dinamarquesas vão obrigar os refugiados de guerra a terem um compasso de espera de 3 anos (mais os acrescentos processuais) para se reunificarem enquanto família, vão cuspir em cima da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, vão legalizar a rapina e o confisco de bens “luxuosos” a tão indesejáveis “turistas”? Veremos se a esses “felizes e abastados” perseguidos escaparão os dentes de ouro, à moda do que os nazis fizeram aos judeus. Esta Europa “manga de alpaca” é forte e determinada, lá isso é. Contra os refugiados, é claro. Assim o fosse contra o Daesh. Mas aí… 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A Dinamarca e os bens dos refugiados

Que Europa é esta neste século XXI? Que não-memória tem esta Europa neste século XXI? Que desumaníssimo (re)invadiu esta Europa passado pouco mais de 70 anos sobre o fim do domínio de Hitler, do nazismo, do confisco de vidas? (...)

 A Dinamarca, país da suposta União Europeia, decidiu interna e “democraticamente que os refugiados lá chegados terão à entrada de abrir as suas malas, deixar-se revistar (tipo preso a entrar na prisão ou judeu num campo de concentração de Hitler) e entregar dinheiro ou tudo o que valer acima de dez mil coroas (1340 euros), exceptuando objectos de “elevado valor sentimental”.

E, a acrescer, para mais desumanismo criar: só depois de três anos a viver no país, leia-se Dinamarca, um refugiado de guerra a quem esse estatuto tenha sido reconhecido pode pedir autorização para que a sua família se junte a ele na Dinamarca.

 A resposta ao pedido pode demorar anos e caberá aos refugiados suportar os custos das viagens. (...) E podem os refugiados ficar com a aliança! Se forem casados, se ainda tiverem aliança. O que é isto? Ao que chegámos? Vão começar a deixar ficar os dentes de ouro se os tiverem. Ou, como no tempo de Hitler, que nos campos de concentração até os dentes de ouro arrancavam para derreter e fazer barras de ouro e que terão chegado a Portugal, no tempo neutral de Salazar, em troca de volfrâmio e não só?

Que Europa é esta? Que desumanidade nos está a varrer?

Vale tudo? A vida só conta se for dinamarquesa, húngara, polaca? A extrema-direita permite-se reforçar-se nesta Europa por todo o lado e escolhe pela força quem tem direito a ter alguns parcos bens, quem tem direito a mover-se, quem tem direito a ter família, quem tem direito a estar vivo? O que é isto? Para que valeu a II Guerra Mundial? Para onde vamos? Muito mau, muito mau. Só falta nas fronteiras recolocar a cruz suástica e o retrato de Hitler!

Augusto Küttner de Magalhães, Porto
PÚBLICO 28.01.2016

PASSOS DEVE SEGUIR EXEMPLO DE PORTAS!



O debate quinzenal na AR em que se discutiu o esboço do OE/16, foi absolutamente sintomático da dificuldade do Presidente do PSD em derrotar politicamente o PM actual. Em boa verdade, António José Seguro e depois António Costa, tiveram a mesma dificuldade em enfrentar Passos Coelho, quando este foi governo. E isto porquê, perguntar-se-á? O que será quase idêntico nas duas situações? É o passado político de cada uma delas. O PS quando foi oposição nunca conseguiu virar a página da governação Sócrates e Passos Coelho nunca perdoou essa fidelidade do PS ao ex-PM. Tal foi particularmente sensível, quando Passos conseguiu identificar rostos da oposição como ex-ministros do governo que em 2011 havia conduzido Portugal quase à bancarrota. Agora, cinco anos passados, é António Costa que "metralha" Passos com o seu passado de austeridade e a necessidade de virar a página, repondo vencimentos e benefícios perdidos com as medidas (transitórias?) adoptadas nos últimos 4 anos. Como seria este debate se o Presidente do PSD fosse outro que não Passos? Seria completamente diferente, se não tivesse estado no governo dos últimos 4 anos. Costa já não poderia tão facilmente jogar a cartada da austeridade, porque o seu principal responsável já teria saído, e mesmo assim, conseguido vencer as últimas legislativas de Outubro passado. Por isso só se discutiria o tal "tempo novo", e aí a oposição (infelizmente) terá muitas cartas a jogar. Este governo parece apostar tudo na UE e na Comissão, para fazer passar um alívio da austeridade à custa de déficits superiores ao imposto pelo tratado orçamental. Não pelo incremento da economia, hoje difícil e lento em qualquer país europeu, quanto mais no nosso, em que as reformas têm sido travadas pelas organizações sindicais controladas pelo PCP. Portas foi como sempre muito arguto, em ver a floresta para além da árvore. Novos desafios políticos exigem caras novas, novos líderes. Passos, tome nota e veja se sai com dignidade e dá o lugar a outro, não "salpicado" pela política de austeridade.

No mais completo abandono


Quem olha a Serra do Pilar, em VNGaia, pode ainda ver no seu sopé o que ainda resta da Capela do Senhor d’Além, construída em 1877, onde outrora existiu o Hospício Carmelita do séc. XVI.
Mas, agora, o que se vê: um edifício no mais completo abandono e degradação, apesar de pertencer ao Episcopado do Porto, que todos os dias vê à sua frente o seu pobre ‘enteado’ sem dele ter compaixão.
Vem este introito a propósito do que acabamos de saber, através das página do JN que nos informa, que o dono da Douro Azul a vai recuperar, dando-lhe a dignidade e solenidade de outrora.
Que, assim seja.
José Amaral

Inimputáveis. Quem?

Uma mulher inquieta, quase um farrapo, acusada de crime de sequestro agravado pelo Mº Púb. por fechar os filhos a cadeado dentro daquele casebre, que ela julgou sempre ser a sua fortaleza inviolável, é agora considerada inimputável, e está presa num hospital psiquiátrico, tardio dizemos nós, mas à sua medida, dizem os sábios. Os filhos que ela trazia fechados no coração durante quase uma dezena de anos, e os visitava na sua dor doentia numa cela/divisão caseira com 3m2, preenchida por trevas, e tendo por companhia a trampa da miséria e o cheiro nojento da política nacional, que referencia ou assinala todos os casos que merecem acompanhamento cuidado e a atenção da Segª Social inexistente, ou que só se anuncia à posteriori e em estado de ofendida com explicações estapafúrdias e a necessitar ela mesmo de internamento também, será por certo ilibada por "padecer de paranóia do tipo persecutório" que a faz desconfiada de todos e tudo quanto a rodeia e dela se aproxima, e se calhar até de Deus que a abandonou ou esqueceu no Seu Ministério, nestes tempos em que dão à costa que nem São Macaio, migrantes, com um "brilhozinho nos olhos" e até alguns aperaltados, e com direito a palmas à chegada numa praia cheia de mãos caridosas e solidárias a recebê-los e prontos a entregar um bornel, aconchego, e casa condigna, com área suficiente para fazerem jogging ou um salão de baile depois da hora do chamamento do seu outro Deus. E baile, é o que os portugueses têm andado a levar há pelo menos 40 anos, não contando com outro tanto que ficou para trás, mas que ainda hoje têm adeptos que levantam a cabeça e promovem estes episódios indecorosos, mas nunca culpados. No entanto eu pergunto. Que diferença separa esta mulher e mãe paranóica, de outras que frequentam os cafés, centros comerciais, e que por lá se demoram à conversa com as amigas, sentadas à mesa horas a fio, e que de repente, quando se lembram, entram em pânico por não saberem do paradeiro dos filhos que elas trouxeram pela mão e que deles se esqueceram enquanto raspavam os visores dos telemóveis, fumavam e davam à língua, e os filhos desapareceram dos seus olhares, naqueles espaços aonde só se preocuparam em pôr a conversa em dia e a cozinhar mexericos de novela?

A 'ilhota'


As cheias que tiveram lugar neste mês de Janeiro, com o aumento abrupto do caudal ribeirinho, mormente nos rios Douro e Mondego, neste último, chamou-me particular atenção a ‘ilhota’ em que se transformou o longevo Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, estilo gótico mendicante - que testemunhou sóis de esplendor e glória da Pátria e noites de fados doridos de um povo sofredor –, construído em finais do século XIII na margem esquerda do referido rio, portanto há 730 anos.
Fico, pois, espantado, que, passados sete séculos, a engenharia portuguesa não tenha ainda encontrado antídoto capaz, a fim de contrariar e suster o avanço das águas do ‘Bazófias’, com é apelidado o Rio Mondego.
Aqui fica o meu reparo.
José Amaral

LUTA INGLÓRIA

                                                          POUR ÉPATER LE BOURGEOIS
Há umas dezenas de anos, estava ainda muito verde o regime democrático, houve um governo que decidiu criar uma Alta Autoridade Contra a Corrupção, de que foi seu primeiro titular um militar de nome Costa Brás, se bem me lembro.
O cepticismo em relação ao sucesso de tal organismo foi então generalizado, ilustrado até por uma caricatura do António, no Expresso, em que um sujeito pedia a outro que lhe explicasse o que podia fazer essa coisa da AACC, ao que lhe foi respondido: “Olha, é assim uma espécie de cão que levanta a caça”… Comentário imediato do primeiro: “Ah, já sei, e a gente vai e mata o cão”!
Entretanto ascendeu ao Poder essa figura de má memória que nos assombra até hoje, que, confrontado no Parlamento com o descaminho que levava grossa fatia dos milhões de fundos europeus, gritava indignado que Portugal não era o Uganda, não era um país de corruptos. E todos temos bem presente o que depois fizeram alguns dos seus homens de confiança, no famigerado BPN…
Acabamos de ver copiosamente derrotado um candidato a presidente cujo tema de campanha era a luta contra a corrupção, demonstrando, a meu ver, que não faz a menor ideia do país em que vive, em que a pessoa séria é avaliada como um pobre diabo, um lorpa, e o corrupto é um tipo esperto, que sabe “governar” a vida…
E mesmo quando surgem “medidas” sonoramente apresentadas como combate ao compadrio, à cunha, ao tráfico de influências, tudo se revela mera poeira atirada aos olhos dos papalvos,  para que tudo fique na mesma.
Tivemos uma ministra da Justiça que, aproveitando a detenção de algum nome sonante, vinha perante os holofotes gritar em voz grossa, como se aquilo fosse obra acabada sua, que tinha acabado a impunidade, mas esta espécie de Cardona 2 logo se engasgava quando eram descobertas coisas bem feias mesmo debaixo do seu nariz.
O governo a que pertenceu criou até uma dessas cortinas de fumo para recrutamento de altos quadros para o Estado, mas o que isso demonstrou é que os lugares acabavam sempre ocupados por gente da sua área política, ou se um eventual mais bem classificado não fosse dessa área,  tudo era feito para o deixar a “mofar”, às vezes anos, prolongando o mandato dos que estavam.
Acabo de ouvir na SIC, convidado desse guru da economia, Gomes Ferreira, um empresário sem escrúpulos, que acumula riqueza esmifrando fornecedores e trabalhdores e fugindo aos impostos, ofender grosseiramente o Governo por querer melhorar a vida daqueles que mais têm sofrido, e dava náuseas ver o ar deleitado com que era ouvido.


                                                 Amândio G. Martins

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Conluio determina preços dos combustíveis



Em 2015 as margens brutas das gasolineiras aumentaram 4,2 cêntimos no gasóleo e 8,1 cêntimos na gasolina, beneficiando da queda dos preços do crude nos mercados internacionais. As referidas margens das gasolineiras são superiores à média europeia, no gasóleo em cerca de 3,3 cêntimos e na gasolina aproximadamente 2,3 cêntimos. Desta forma, parece-me que existem indícios mais do que suficientes da prática de conluio na formação dos preços dos combustíveis em Portugal. O regulador não possui os instrumentos de fiscalização, a autoridade legal e os recursos financeiros e humanas para exercer as suas funções de forma competente e corrigir esta situação. Como é evidente, o mercado livre não está a funcionar correctamente, em virtude do elevado nível de concentração do sector e da existência de apenas um refinador, neste caso a Galp, que acaba por determinar a formação de preços no mercado a retalho. Relembre-se que este tipo de anomalias, para além de agravarem os custos para os consumidores, restringem o crescimento económico e a competitividade nacional. Neste sentido, justifica-se a intervenção do governo dotando a entidade reguladora dos recursos humanos, financeiros e legais indispensáveis para melhorar o controlo sobre os abusos do mercado e quando necessário sancionar as respectivas empresas infractoras. Quanto à entidade regulador propriamente dita, que se deixe de preocupar com a limpeza dos postos de abastecimento e se concentre nas questões que verdadeiramente afectam o sector dos combustíveis e os consumidores.   
João António do Poço Ramos

Pelas obras valorosas


O Poeta, valorizou todos aqueles que fizeram grandes obras na vida. Ainda recentemente, uma imprudência de uns caminhantes no Gerês, mobilizou muita gente dos Bombeiros, da GNR e do INEM, conseguindo resgatá-los sãos e salvos. A abnegação desta gente, em prol da sociedade, merece que a própria sociedade reconheça materialmente, todos aqueles que noite e dia, fins de semana e feriados, abdicam do seu conforto familiar, para estarem de prevenção para o bem de todos. Admitindo que o horário laboral, será das sete às dezanove horas, proponho que a esta gente, mais aos profissionais de saúde pública, forças de segurança, piquetes de águas, gás, electricidade e comunicações, seja contado como tempo a duplicar,para uma reforma antecipada, as horas noturnas do seu esforço. 

Duarte Silva

As presidenciais


A campanha eleitoral da presidência da república, foi muito pouco elucidativa em ideias ou em promessas, antes, foi uma campanha mais do bota abaixo do que o daquilo que de que cada um sabe ou é capaz de fazer. Procuraram os candidatos, na sua maioria, denunciarem mais os pontos fracos dos adversários e do que fizeram de mal ao longo da vida, do que exporem ideias construtivas. Uma campanha muito pobre que deu a vitória ao candidato com mais exposição pública. Eleito por maioria de votos, esperamos que governe bem. Um reparo: um capitão de Abril, no rescaldo das eleições, referiu-se, perante as câmaras TV, ao actual Presidente dos portugueses: aquela Múmia que está em Belém; uma burgesseria escusada.

Duarte Silva

E esta!


Hassan Rouhani, actual presidente do ‘democrático’ Irão, na sua visita oficial a Itália, exigiu que as estátuas com nus, exibidas em Museus Capitolinos, em Roma, fossem ‘vestidas’, enquanto também impôs que no repasto oficial não ousassem apresentar e servir bebidas alcoólicas. E, assim, servilmente, o governo italiano isso fez.
Entretanto, tão ‘cândido’ séquito iraniano rumou a França, impondo igual procedimento. Todavia, o presidente François Hollande, e bem – no meu modesto entender -, cancelou qualquer almoço/jantar oficial, considerando que uma refeição sem bebidas alcoólicas contrariava os valores republicanos franceses.
Grande atitude esta, do líder gaulês, a qual foi verdadeiramente digna e não servil, perante ‘apetites’ arrogantes de quem se está borrifando com os valores de qualquer sociedade democrática, que não deve vergar-se a imposições retrógradas e totalitárias.


José Amaral

O "caldinho" do chefe Marcelo

Acabou de ser eleito o novo presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa e tudo aconteceu como era previsto. Ora, digo isto porque o " caldinho laranja" estava há muito a ser preparado pelo " chefe" Marcelo e os seus incansáveis ajudantes (leia-se) uma boa parte dos comentadores de serviço da nossa praça. Depois, foi só levar à boca (ás urnas) do " bom povo português"  que o engoliu mesmo sem precisar da costumada e folclórica animação dos aventais e balões laranjas. Portanto, agora, perante o enorme sucesso e o consumo do " caldinho laranja" há que reconhecer o mérito do " chefe " Marcelo e dar-lhe os meus parabéns. Porém, tendo em conta o resultado do tal "caldinho" , apetece-me aqui citar um grande vulto da nossa cultura. Miguel Torga
(Médico e Escritor), que um dia escreveu isto:

" Que povo é este ! fazem-lhe tudo, tiram-lhe tudo, e continua a ajoelhar-se quando passa a procissão. "
Agora digo eu: é só esperar, porque a procissão ainda está no adro.

Odivelas, 27 de Janeiro de 2015
texto de Arlindo Costa.

O refugiado e os novos muros

A figura do refugiado foi eleita a figura de 2015. O refugiado representou e representa uma enorme tragédia humana, e é uma das grande vítimas dos " senhores da guerra". É perante tão grande tragédia que me choca ver esta Europa
que festejou (e bem) a queda do muro de Berlim, mandar agora ás urtigas o tratado que abolia as fronteiras dos Estados da Europa, e vai construindo novos muros da vergonha. Uma Europa que encurrala dramaticamente
milhares de refugiados nas " suas novas fronteiras" e os obriga a dormir ao relento. Ao mesmo tempo que outros infelizes, para fugirem ao caos e aos horrores da guerra, se entregam ás mãos de gente sem escrúpulos e que os enfiam em embarcações sem um mínimo de segurança para atravessarem o Mar Mediterrâneo. O que para muitos significa uma viagem para a morte. Só em 2015 morreram afogados cerca de quatro mil refugiados. Quem é que não sofre com esta tragédia humana ?

Texto de Arlindo Costa , publicado no Jornal " DESTAK"
em 18 de Janeiro de 2016.

PALÁCIO COM VISTA PARA O RIO





É esta minha matriz bipolar rejubilo-enluto que desiquilibra o meu bem-estar e leva à alteração da medicação. São pequenos nadas, assuntos fáctuos, sopros de ventos fétidos, minudências.

Exemplifico: antigos presidentes da República têm direito a um gabinete com bons(?)quadros num palácio - pode mesmo ser um convento; uma secretária dedicada; um assessor solícito e sagaz; uma viatura jeitosa com kit-software de emissão de gases poluentes; um motorista que dá uma mão em defesa pessoal de personalidades se for preciso e que adora horas extraordinárias.

Coisas assim anulam o efeito dos anti-depressivos que ingiro, desestabilizam o sono, põe-me a sonhar com coletes de homem-bomba suicida.

Qual é a história, por mais bem contada que seja que justifica que uma secretária dedicada não é suficiente para o expediente de todos os ex-presidentes, sendo que os há que já só saem da cama com autorização do médico de família? Para quê um palácio (pensei que os republicanos não habitavam palácios!), se um corredor simpático e amplo num andar de um edifício de serviços do Estado, com gabinetes amplos e mesmo com quadros bons ( segundo a perspectiva subjectiva de cada um)seria uma boa solução? Assessores solícitos e sagazes pululam pelos corredores. Um só, mesmo escolhido a dedo, não pode efabular brilhantemente conteúdos, para todos eles? Uma viatura de  jeito (vidros pretos fumados, luzes-sirenes azul intermitente incrustadas na grelha dianteira), mesmo sem kit de gases nocivos, com um motorista prestável e bom condutor, não poderia transportá-los a todos? Diariamente, com um bom planeamento de horários, cada um à vez, de seus lares para os gabinetes, e de volta no final?


O que têm ainda para dar aos contribuintes aqueles que ou não deram tudo o que deviam ou nunca poderiam dar mais do que o pouco da sua capacitação genética,e que nos obriga a continuar a pagar? Nem todos claro, estão neste retrato, todos sabemos quem são. Fica a caricatura para os outros.  

LIVRE PENSAR


                                                    A IDEIA DE IGUALDADE

Que todos os homens são iguais é uma proposição à qual, em tempos normais, nenhum ser humano sensato deu, alguma vez, o seu assentimento. Um homem que tem de se submeter a uma operação perigosa não age sob a presunção de que tão bom é um médico como outro qualquer. Os editores não imprimem todas os obras que lhes chegam às mãos.
E quando são precisos funcionários públicos, até os governos mais democráticos fazem uma selecção cuidadosa entre os seus súbditos teoricamente iguais. Em tempos normais, portanto, estamos perfeitamente certos de que os homens não são iguais. Mas quando, num país democrático, pensamos ou agimos políticamente, não estamos menos certos de que os homens são iguais. Ou, pelo menos – o que na prática vem a ser a mesma coisa – procedemos como se estivéssemos certos da igualdade dos homens.
Identicamente, o piedoso fidalgo medieval que, na igreja, acreditava em perdoar aos inimigos e oferecer a outra face, estava pronto, logo que emergia novamente à luz do dia, a desembainhar a sua espada à mínima provocação.
A quantidade de tempo durante a qual os homens estão empenhados em pensar ou agir políticamente é muito reduzida, quando comparada com todo o período das suas vidas; mas as breves actividades do homem político exercem uma influência desproporcionada sobre a vida diária do homem trabalhador, do homem a diveretir-se, do homem pai e marido, do homem senhor de propriedades.

NOTA – Texto de Aldous Huxley transcrito por
Amândio G. Martins


Petição para a impressão de boletins de voto em BRAILLE

Link para a petição pública: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=Peticao-Voto-BRAILLE


Texto da petição:

Petição para a impressão de boletins de voto em Braille

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República

                Em 2009 foi criada uma petição pedindo a introdução de boletins de voto em Braille, por forma a que os invisuais possam votar em segredo e autonomamente.

                Essa petição foi apresentada à AR, tendo sido votada e aprovada por unanimidade.

                Passados 6 anos, continua tudo por fazer e uma aprovação em plenário por implementar.

                Na Constituição podemos ler:

1)      No artigo 9, alínea d), que é tarefa FUNDAMENTAL do estado “Promover o (…) a igualdade real entre os portugueses”.
2)      No artigo 13.º, nº1, que “Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei”
3)      No artigo 49.º, nº1, que “ Têm direito de sufrágio todos os cidadãos maiores de dezoito anos”


Sendo assim, vêm pela presente solicitar, novamente, que os boletins de voto sejam impressos por forma a conter a identificação dos candidatos em Braille, possibilitando assim a votação autónoma e secreta de invisuais.

CUIDADO COM AS OFERTAS AOS ÁRBITROS DE FUTEBOL

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Com a realização, ontem dia 27 de Janeiro, do jogo referente à 3ª. Jornada do grupo A, entre o Clube Desportivo Feirense, 5º. Classificado da 2ª. Liga, e o Futebol Clube do Porto, 3º. Classificado da I Liga, agora sob o comando do conceituado técnico português José Peseiro, que para este jogo fez subir ao relvado do Estádio Marcolino Castro, em Santa Maria da Feira, uma equipa completamente secundária, para ali disputar a despedida do histórico, Futebol Clube do Porto, desta IX Edição da Taça da Liga, referente à época de 2015/16, que é uma competição de futebol organizada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que tem nesta edição o nome de Taça da Liga – CTT, designação esta, que terá o patrocínio, até 2018.
Depois do mau resultado verificado logo na 1ª. Jornada, desta fase de grupos, e logo em pleno Estádio do Dragão, em que foi derrotado pelo Marítimo, por, (1-3); na 2ª. Jornada nova derrota com o secundário Famalicão por, (1-0). Hoje o cenário, quanto ao resultado não foi diferente, cifrando-se uma nova derrota, agora frente ao Clube Desportivo de Feirense, sob o comando de Pepa, por (2-0), sobre a arbitragem de Cosme Machado de Braga. Que ao minuto 38, assinalou uma grande penalidade, a favor dos da casa, numa falta (?) do defesa Rúben Neves, um tanto ou quanto duvidosa, (na minha opinião), mas que o árbitro não teve qualquer dúvidas em assinalar.
Contudo antes do início do jogo, os jogadores do Futebol do Porto foram simpaticamente presenteados com as tradicionais Fogaças, pão doce, tradicional de Santa Maria da Feira, decerto, esta simpatia e cortesia dos dirigentes de Santa Maria da Feira, foi extensiva, decerto à equipa de arbitragem, no dia em que o Sporting anunciou em comunicado, que irá recorrer da decisão da Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga em arquivar processo decorrente das afirmações do seu presidente, Senhor Bruno de Carvalho, sobras as ofertas do Benfica a árbitros.
Cuidado Senhores dirigentes do simpático clube de Santa Maria da Feira e ao árbitro Cosme Machado, e sua equipa de arbitragem, se eventualmente foram recebedores de alguma oferta, quero dizer Fogaça, e por este motivo, do árbitro em questão se viu na obrigação de assinalar uma grande penalidade contra o histórico e grande Futebol Clube do Porto.

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD   de 28 de Janeiro de 2016)

Mário da Silva Jesus

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

GUERRA JUNQUEIRO ACTUALÍSSIMO

Porque estão desiludidos,mais de metade, não pôs lá os pés. Desiludidos, com os que venderam o país a pataco, que se subordinaram aos ditames dos que mandam na Europa e no mundo, que são os responsáveis pela debandada dos jovens aos quais pagámos as licenciaturas, que causaram tanta injustiça e desânimo. Pois bem! A maioria da outra metade, elegeu precisamente o candidato desses que tão mal tem feito a este país e que lhes provoca tão grande desilusão. Digam lá se não vem mesmo a propósito lembrar o retrato que Guerra Junqueiro nos tirou há 120 anos e que podem verificar na sua obra “Pátria” : “ Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice...” Mudámos alguma coisa?
Francisco Ramalho

Corroios, 15 de Janeiro de 2016

Miradouros do nosso Douro


De S. Leonardo de Galafura
Vemos S. Salvador do Mundo,
É tão grande a sua altura
Se avista o Douro profundo.
E do Monte de S. Domingos
Acima do seu Fontelo,
Em dia sem chuva nem pingos
O panorama é muito belo.
Mesmo da Serra das Meadas
Em dia de Sol, soalheiro,
Esquecem-se as geadas
De Janeiro e Fevereiro.
Estes miradouros divinos
Da Natureza e de Deus
São verdadeiros hinos,
Pedaços vindos dos céus.
José Amaral

O nosso condomínio

Santana-Maia Leonardo
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Aquilo que qualquer cidadão normal espera do seu Governo (nacional, regional ou local) é o mesmo que ambiciona um condómino do administrador do seu condomínio. Ou seja, que ele faça a gestão do condomínio, levando a cabo as reparações e as reformas estritamente necessárias, sem causar transtornos e incómodos de maior aos condóminos. Para nos chatear, já chegam os vizinhos e as contas.
Ora, aquilo que se tem assistido em Portugal é a um condomínio sempre em obras, ao ponto de os condóminos estarem permanentemente impossibilitados de fruir plenamente da sua fracção e das partes comuns. Aliás, ninguém consegue dormir uma noite descansada neste condomínio, porque não há presidente de câmara, ministro ou primeiro-ministro que, mal inicie o mandato, não transforme o condomínio num estaleiro de obras.
Veja-se o que se passa na Educação em que as reformas e contra-reformas se atropelam a um ritmo tão vertiginoso que torna qualquer avaliação impossível e o próprio termo “Educação” desadequado e disparatado. Para já não falar na Justiça, onde não há ministro que não faça ponto de honra em arrasar tudo aquilo que comece a dar sinais de querer funcionar. Se lermos com atenção o relatório do FMI sobre o estado da justiça portuguesa, com base nas estatísticas de 2013 (anteriores às reformas levadas a cabo pela anterior ministra da Justiça), chegamos à conclusão de que a ministra, no seu espírito de bombista suicida, decidiu arrasar precisamente aquelas áreas da justiça que apresentavam resultados mais positivos e animadores.
Esta gente não percebe que o bom é inimigo do óptimo. E por muito que se goste de árvores exóticas, não é inteligente substituir o montado de sobro, na charneca alentejana, por este tipo de árvores. Será assim tão difícil perceber isto? Infelizmente, o excesso de inteligência e a estupidez sempre foram os maiores inimigos da prudência porque impedem de ver o óbvio

Frente Intercontinental Totalitária Contra a Humanidade

A malquista e tenebrosa FITCH – Frente Intercontinental Totalitária Contra a Humanidade -, mais uma vez, vem ameaçar o milenar povo português, através do Governo de António Costa, por achar que as previsões do seu OE para 2016 são ‘criminosamente’ muito optimistas.
Esta frente cadavérica, a soldo do Grande Capital, não gosta de ver sequer o mais leve sorriso bailando na face de qualquer pessoa.
Só a miséria faz rejubilar os seus membros sacripantas, capazes de todas as atrocidades contra a Humanidade, para ganharem milhões.


José Amaral

Orgulhosamente só!


Desde domingo passado, após a eleição de Marcelo, alguns elementos da sua família politica, a título de o felicitar, começaram a pôr o nariz de fora, tentando puxar para si algum do mérito desta vitória.

Por outro lado alguma imprensa parece unânime no entendimento de que esta vitória se deve apenas ao candidato que não se vinculou a nenhum partido.
Será?

E todo um passado de militância esfuma-se assim tão rapidamente?

Bem sei que o boneco agora assumido pede uma nova postura e que a ser verdadeira seria excelente para a boa convivência política e para a colaboração tão necessária à resolução dos problemas que enfermam o nosso país.

Mas, como eu não acredito no pai natal, também não acredito que esta vitória tenha sido conseguida a sós. Acredito antes que por debaixo dos panos houve muita ajuda económica para financiar a campanha, cujos valores agora que o senhor é presidente, nós nunca apuraremos, ao contrário de outros candidatos independentes cujos gastos de campanha já vieram a público.


Para além da pré-campanha, durante muitos anos, à boleia da comunicação social. Para além do acompanhamento privilegiado que a mesma exerceu junto dele durante a campanha, há ainda a considerar as tais ajudas “desinteressadas” dos ricos do costume, como investimento e cujo retornou o presidente mais cedo ou mais tarde terá que devolver. 

DOS ESTUDIOSOS

                                               OS ORGANIZADORES E OS UTOPISTAS
Os escritos sociológicos são, demasiadas vezes, ou meramente técnicos e práticos ou então meramente utópicos. Os técnicos prestam um bom serviço ao criticarem os métodos correntes da organização social e em alvitrarem melhorias pormenorizadas. Mas, como todos os organizadores, estão sujeitos, no meio dos tecnicismos administrativos, a esquecer o que é que estão a organizar; como todos os críticos de pormenor, são inclinados a aceitar, demasiado complacentemente, a principal moldura da estrutura, cujos pormenores estão a tentar melhorar. Não são nenhuns utopistas a meditar nas coisas como elas deviam ser, mas não o são. Aceitam as coisas como elas são, mas sem lhes fazer qualquer crítica, porque, juntamente com as instituições sociais existentes, aceitam aquela concepção da natureza humana que as instituições implicam.
Os utópicos, por outro lado, nada aceitam. Estão demasiadamente preocupados com o que devia ser, para prestarem qualquer atenção séria ao que é. A realidade exterior desgosta-os; o sonho compensador é o universo em que vivem. O assunto das suas meditações não é o Homem, mas sim um monstro de racionalidade e virtude – de uma espécie de racionalidade e virtude, nesse aspecto, só deles. Os habitantes da Utopia são radicalmente diferentes dos seres humanos. Os seus criadores gastam toda a sua tinta e energia a discutir, não o que na realidade acontece, mas o que aconteceria se os homens e as mulheres fossem completamente diferentes do que são e do que, através dos anais da História, sempre foram.

NOTA – Texto de Aldous Huxley, transcrito por

Amândio G. Martins

INCÓGNITA

                                          NOVOS MÉTODOS NA PRESIDÊNCIA ?
O presidente eleito, que tinha o grande desplante de avaliar meio mundo, de políticos e empresários a desportistas e artistas, vai ele agora ser por nós avaliado; mas, para se tornar em alguém respeitado, vai ter de desiludir boa parte da sua família política, fazendo esquecer a figura de má memória que vai substituir.
É claro que muita coisa dependerá de quem se rodear, e basta lembrar as cenas macacas em que se viu envolvido o actual, atribuídas a um acessor, em conluio com um director de jornal, que acabou demitido, enquanto ao acessor foi reservado um cubículo nas traseiras, quando deveria ser posto imediatamente na rua também, se o chefe tivesse vergonha.
Digo isto porque, na noite das eleições, andavam as televisões a saltar de sede em sede e, às tantas, no meio da gente de Marcelo, exultante, o repórter dirige-se a uma “close friend” do eleito, dizendo: “E agora temos aqui uma velha amiga do professor, Virgínia “Pássaro Negro”, a quem perguntamos se acredita que o novo presidente irá colaborar com o Governo de António Costa” , ao que a “beócia” respondeu, com aquele sorriso alarve muito peculiar deste tipo de gente: “Bom, é preciso que fique a queimar em lume brando durante mais algum tempo”. Mais palavras para quê…


                                            Amândio G. Martins

A 27 DE JANEIRO DE 1967 - HOMENS DO ESPAÇO MORREM EM TERRA

Foto: NASA



A 27 de Janeiro de 1967, os astronautas norte-americanos Virgil “Gus” Grissom, Edward H. White e Roger Chaffee, morrem, encarcerados nos seus fatos espaciais, durante um treino a bordo da cápsula Apolo I que explodiu devido a uma faísca eléctrica. Grisson e White já eram veteranos do espaço; Chafee era um estreante, tendo sido o único dos três que, citando as palavras escritas no Diário Popular daquele dia, “morreu como piloto espacial sem ter conhecido a sensação empolgante de andar no cosmos”.



Fonte: Diário Popular nrº. 8723 de 28-01-1967, 25º. Ano de publicação, página 1


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

BATAM À VONTADE!

Já aqui disse que que é uma estupidez classificar-se o PSD e o CDS partidos fascizantes. Também aqui escrevi que fosse qual fosse o resultado destas eleições teríamos sempre um melhor presidente que o atual. E também já aqui afirmei que tenho bons amigos à direita do PS ( e do PS, diversos, evidentemente). Portanto, tal como na área político-ideológica onde me situo, na Direita, há gente mais ou menos tolerante. Que é que pretendo com esta introdução? Pretendo dizer que na luta política não vale tudo. Não vale ofender. Diz o amigo Amaral no seu texto “ A Direita Tenta”, que pretendem minar os acordos firmados das forças de Esquerda que suportam no Parlamento o atual Governo. É verdade amigo! Mas isso faz parte da luta política aceitável. Inaceitável, é apodar-se de tacanho quem tem uma visão diferente para o nosso país e para o mundo, como é o meu caso, em relação a quem aqui fez tal afirmação. Ou seja, tacanho, é sinónimo de simplório, débil mental, marioneta. Mas a minha resposta fica por aqui...Batam à vontade! Desde que não me chamem ladrão, corrupto ou sádico! Aí tínhamos o caldo entornado! E, já agora, também não aceito, desta gente, lições de patriotismo.


A Direita tenta

A Direita, não contente por ter sido apeada das rédeas do Executivo que ora governa a Nação e após duvidosa análise aos resultados eleitorais que levaram Marcelo Rebelo de Sousa à PR, tenta a todo o custo – pois dinheiro não lhe falta – minar os acordos havidos entre as forças de Esquerda que suportam a maioria parlamentar, que sustém o governo de António Costa.
E, nesse sentido, nem PSD, nem CDS, nem outros acólitos comuns de manjedoura se coíbem das maiores baixezas, pondo as suas mesquinhas conveniências acima dos soberanos interesses de Portugal, numa tentativa de subverter e dividir a sociedade em geral.
Não vamos, pois, mais longe para não alimentar os maus fígados de tais albardados, os quais trouxeram para o palco da má política e do mau perder o termo geringonça.
Geringonça para eles; pudor e coesão governamental para bem de Portugal.


José Amaral