sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Parabéns a Obama e ao PÚBLICO

É um prazer enorme ver um Presidente a chorar por um boa causa. É-o igualmente ver um jornal noticiar o facto com o relevo de quase toda a primeira página. O primeiro é Barack Obama e o segundo é o PÚBLICO e com ambos me congratulo neste dia 6 de Janeiro. Na vida de todos os tempos, mas talvez mais nos contemporâneos, todos sabemos o quão difícil é manter uma coerência total na política e no existir, mas há traços estruturantes no carácter das pessoas que não devem vergar e deixam marcas, boas ou más consoante aquele também o é. No caso de Barack Obama, deixando o acordo nuclear com o Irão e o diálogo com Cuba (por terem 
também contornos políticos), há que relevar duas atitudes no foro interno, puramente humanísticas, que marcam muito impressivamente pela positiva o mandato que está quase a terminar: os Medicare e Medicaid, que trouxeram (irão acabar com eles?) bens de saúde a 30 milhões de pessoas e a muitos idosos e esta tentativa de proibir (ou minorar, ao menos) a compra livre de armas que tanta morte e sofrimento tem trazido a cidadãos norte-americanos. Esta última foi a provocadora das lágrimas que o “meu” jornal tão dignamente retratou. Daqui digo singelamente ao actual Presidente dos EUA: seja bem-vindo ao “clube dos abençoados chorões”, daqueles que não têm medo de soltar as lágrimas sem fi ltros, ao sabor do orgulho que sentem em poder chorar com verdade! E é nesta última que, a liberdade também se enraíza... 

Fernando Cardoso Rodrigues, Porto
(Público, 7.1.2016)

1 comentário:

  1. Subscrevo inteiramente o presente artigo. De facto, Obama marcou a história dos EUA e conseguiu através da sua força e perseverança vencer inúmeras batalhas contra aquela malta do "tea party" e contra os lobbies congressistas. Além disso, ainda conseguiu reduzir o desemprego colocando-o abaixo dos 5% e promover o crescimento economico, que deverá rondar os 2/3%.
    Só uma nota, o número de pessoas que passaram a ser abrangidos por seguros de saúde públicos foram de 17 milhões, o que não retira em absolutamente nada, o mérito ao presidente norte americano.

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