Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
A LEI DO NÚMERO E DO CÁLCULO
Segundo o filósofo Herbert Marcuse, urge a liberdade económica, ou seja, a libertação da luta quotidiana pela existência, da necessidade de ganhar a vida. Urge também a liberdade intelectual, isto é, a reafirmação do pensamento individual, o que significa a abolição da "opinião pública", da doutrinação da comunicação de massas e dos seus fabricantes. A livre empresa e a concorrência, enquanto "liberdade de escolha" entre trabalhar e morrer à fome, impuseram o trabalho penoso, a insegurança e o medo à grande maioria da população. O ser humano é reduzido ao estado de coisa. A escolha entre uma variedade de bens e serviços representa a alienação. Efectivamente, este mundo dos gestos mecânicos, da simpatia de plástico, onde tudo está à venda e "ninguém dá nada a ninguém" não presta e conduz à servidão esgotante, embrutecedora, inumana. A lei do número, do cálculo prevalece matando sentimentos, amizades, paixões. Alguns dominam essa linguagem entediante, a da finança, que a grande maioria não entende. Grande maioria da população que aceita, ou é levada a aceitar, a sociedade mercantil, o que não torna esta nem menos irracional, nem menos condenável. Porque é, de facto, condenável. Porque mata à fome e de tédio. Porque castra o desenvolvimento do homem. Porque é inimiga do amor, da liberdade e da criação. A própria tecnologia funciona de modo a instaurar novas formas mais eficazes e mais agradáveis de controlo social. É, com efeito, um inferno que uns poucos instauraram. Um inferno que urge destruir.
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