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terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Sabia que Tony Carreira foi condecorado pelo governo francês?
16 comentários:
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Quando há tantos problemas importantes para resolver perdemos tempo com ninharias. As comendas, infelizmente algumas por encomenda, são recebidas no local que a entidade promotora decide. Logo, o importante, se acaso a comenda tem importância, é o que representa e não o exibicionismo localizado na entrega. O Ministério da Cultura francês não tinha de andar, de porta em porta, a entregar as comendas nas embaixadas dos países de emigrantes aos quais foi reconhecido mérito para recebê-las. Já é altura de sermos um país grande sem lamechices.
ResponderEliminarO cantador Tony quis foi armar aos cágados. De facto, pretender "mobilizar" uma embaixada para receber algo com o qual esta não foi tida nem achada, nem tinha que ser, não passa, a meu ver, de pretenciosismo bacoco, ppara ampliar o efeito da tal medalha...
ResponderEliminarMuito bem. Eu é me melindrei com tal 'foleirice de trazer por casa'. E Domingo vou votar.
ResponderEliminarNão sei se o amigo Amaral se lembra, porque já foi há muito tempo,ficou um pouco agastado comigo por eu dizer que o Tony canta versinhos de cordel choradinhos para embevecer balzaquianas simplórias e emigrantes de 2ª e 3ª gerações. Portanto, o facto de arrastar multidões, só nos deve entristecer. A mim Entristece. E o amigo Amaral não se amofine! No Domingo também lá estarei para tentar a 2ª, e depois remetermos o Marcelo para as crónicas dominicais. Um abraço!
ResponderEliminarRectifico: queria dizer emigrantes mais antigos. Portanto, das primeiras gerações.
ResponderEliminarCaro e Amigo Francisco, também domingo lá estarei e levarei com um martelo se no marcelo votar. Sobre o Tony, cabe um come do que gosta, se tiver com que pagar. Um abraço.
EliminarErrata: Sobre o Tony, cabe ... DIGO, Sobre o Tony, cada ...
EliminarSobre Tony Carreira, o JN publicou em Novembro de 2014 a carta que agora reedito com o título A QUEDA DE UM MITO:
ResponderEliminar“Fã de José Cid (JC), custou-me imenso ler a entrevista que deu à Revista NM pois cheguei à conclusão que o conhecia apenas por fora. Autentica overdose de vaidade, desde a sua origem da nobreza que representa até dizer que achava alguma piada ao Sá Carneiro. O rol é enorme e a inveja é tal, que mesmo quando diz bem de algum(a) colega, não resiste a apontar um lado negativo, por exemplo fulana(o) canta bem mas não canta o que devia cantar, ou esta: sicranos cantam bem, mas estão pesados. Amália invejava-o, pois ele vendia mais discos que ela. O que seria de Rui Veloso sem Carlos Tê ou Elton John sem Taupin, pois a ele basta o seu alter-ego. Quando cantou em espanhol com Júlio Iglésias, coitadinho, pregou-lhe com 5 – 0. Marcelo Caetano não receava Ary dos Santos, pois quem o regime temia mesmo era JC, esse sim, o verdadeiro perigo. Enfim, considera-se o maior, o melhor, o único e chegado a certa altura da entrevista divulga que sua avó, quando ia a Paris, ficava em casa de Eiffel. Quando cheguei a este ponto, lembrei-me dos que ficavam no "bidonville". Desconheço se foi o que aconteceu aos pais de Tony Carreira (TC), pessoa humilde e que tem em cada fã um amigo sendo estimado pelo público mas por quem JC nutre grande inveja como demonstrou nessa entrevista em que usou a ironia para poder dizer mal do colega de profissão que é incapaz de ofender e dizer dum colega o que JC disse dele e dos outros. Onde está o autor de "Amar como Jesus amou"? Ou não teria sido sentido? Jorge Morais
Obrigado Jorge Morais. E lembro-me do seu escrito acima, do qual gostei e acho bem acertado, e que agora volto a gostar. Um abraço.
EliminarCaro José Amaral, já devia saber que tão ilustres instalações estão apenas disponiveis para personalidades de relevantes que prestaram elevados serviços à pátria, tais como Dias Loureiro, João Jardim, Oliveira e Costa, Ricardo Salgado.... entre outros...
ResponderEliminaré que aqueles que vêm debaixo não interessam às elites institucionalizadas e formatadas pelos esquemas da podre capital do império perdido.
EliminarJN 21 Janeiro 2016
ResponderEliminarCristina Azevedo
A página da nossa embaixada em Paris dá o tom a esta temática. Diz-nos o embaixador Moraes Cabral que é "com todo o gosto" que disponibiliza a informação a que podemos aceder.
Pergunto-me o que encontraríamos se o senhor embaixador não fizesse gosto!
Em abstrato, ressoa a elitismo e a distância quase tudo o que diz respeito ao nosso corpo diplomático. Em concreto, não deixou dúvida que assim foi na enfastiada recusa com que a diplomacia presenteou Tony Carreira.
Já se percebeu, por tudo o que foi publicado e explicado que a razão da recusa foi uma desculpa, já que Mísia (pelo menos) foi agraciada pelo ministro da Cultura francês, na presença do embaixador à época, na embaixada e a convite deste. E também já se percebeu que o senhor embaixador não foi à cerimónia deliberadamente e deliberadamente não terá atendido as quatro tentativas de contacto pessoal que o cantor terá empreendido.
Acontece que, neste como em todos os outros casos em que esteja em causa a celebração de Portugal, não pode o senhor embaixador fazer juízo próprio sobre o que tem muito ou pouco gosto de fazer. Tem, sim, de mostrar diligência, entusiasmo e afeto. Da nossa parte e pela nossa parte.
O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros percebeu a gafe e tentou a emenda. Mas a emenda acabou por ser pior do que o soneto já que é igualmente elitista e sobranceira a razão sociológica que o move a querer assistir a um concerto de Tony Carreira.
Podemos gostar ou não gostar mas não podemos, ou não devemos, olhar este (ou outro) fenómeno de popularidade do patamar superior da academia de ciências. Bastava pedir desculpas.
O que me leva a pensar que valia a pena dedicar mais atenção e ter uma opinião mais sustentada sobre a atividade dos nossos postos diplomáticos tendo em a conta a responsabilidade inerente de representação coletiva que lhes assiste.
Agora que os negócios entre as nações há muito deixaram de passar pela estrutura formal de representação diplomática e que, portanto, há espaço e, espero, vontade para facilitar a ponte entre os cidadãos, é exigente e escrutinável o desempenho de cada uma das nossas equipas.
No n.º 3 da Rua de Noisiel , por exemplo, pode de certeza ir-se muito mais além da meia dúzia de concertos, exposições ou visitas convenientemente eruditas que se anunciam no site.
li no JN e vem ao encontro do meu 'popular' lamento.
EliminarJN 21 Janeiro 2016
ResponderEliminarNuno Melo
Augusto Santos Silva diz-se do "povo", quando ser do povo interessa. E socialista, claro. Porque em eleições, ser-se socialista, com o chavão de que se é do povo - mesmo que aristocráticos os gostos e os vícios - rende mais. É ministro dos Negócios Estrangeiros. E, ficou a saber-se, não gosta do Tony Carreira.
O cantor foi condecorado pelo Estado francês com o título de Cavaleiro da Ordem de Artes e Letras, considerado o "serviço prestado à cultura do país e às relações com Portugal". A distinção, à altura de poucos, teve precedentes na inigualável Amália Rodrigues, David Bowie ou Bob Dylan. Orgulhoso das origens, Tony Carreira solicitou que a cerimónia tivesse lugar na Embaixada de Portugal em Paris. O Embaixador recusou. Mas criado o incidente, o ministro optou pela graçola, dizendo:
"Nunca consegui cumprir um dos meus sonhos sociológicos que foi assistir a um concerto de Tony Carreira, porque me dizem que é um dos acontecimentos que um sociólogo deve observar".
Interpretando; ufano, o senhor professor, que é ministro, quis colocar no lugar o cantor popular, emigrante de origem humilde, nascido na Pampilhosa da Serra, pelo topete da crítica em área da sua tutela. Recorreu à tirada irónica feita de soberba, vaidade e de preconceito. E desdenhou como insólito e digno de estudo, que Tony Carreira possa arrastar mais multidões em concerto do que o PS em comícios.
Trata-se, sublinhe-se, de quem superintende o Instituto Camões, instrumento da política cultural externa e tem responsabilidades no Conselho das Comunidades Portuguesas.
Como o ministro, também não conheço as músicas do Tony Carreira, nem lhe assisti a concertos. Mas o facto não invalida o reconhecimento do óbvio. É português. Ascendeu com esforço no elevador social. Venceu por si, sem reivindicações de subsídios a governos e entidades da cultura. Enche casas de espetáculo, do Pavilhão Atlântico ao Olympia de Paris. Acumulou discos de platina e vendeu milhões de álbuns. Conquistou o afeto da França, país estratégico no relacionamento com Portugal. E merecia maior respeito.
Já agora, aconselha-se ao governante a consulta da página da Embaixada de Portugal em França. Lerá que "(...) procuramos ir ao encontro de quantos se interessam por Portugal, pela sua cultura, pela sua história e também pelo país que hoje somos, moderno e virado para o futuro".
A França interessou-se por Tony Carreira. A Embaixada, coisa diferente de Portugal, não foi ao encontro da França e virou as costas ao artista. Fez mal. Mas tudo medido, Augusto Santos Silva foi capaz de bem pior.
Parabéns, Tony Carreira.
também li no JN. E quase nunca concordando com o que Nuno Melo 'vomita' no referido diário, neste caso estou de completamente de acordo com tudo que escreveu, pois não tenho 'palas'.
EliminarO Nuno Melo está-se nas tintas para o Tony, o que ele pretende é atacar o actual governo, e serve-se de algo que é um adesivo ao populismo.
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