Hoje, eu e a
minha companheira de caminhada de 47 anos, a qual conheci com 14 belos,
risonhos e promissores anos, fomos fazer análises ao sangue, a fim de mantermos
em níveis aceitáveis as heranças negativas dos anos vividos, tal como o crescimento
negativo da nação.
Minha mulher
foi atendida por um técnico de saúde, que gentilmente lhe espetou a agulha na
veia mais visível do seu braço esquerdo.
A mim,
calhou-me uma técnica, já entradota, que me perguntou, que braço queria
disponibilizar para o efeito vampírico de me sugar algum sangue para analisar.
Foi à liça o
meu membro superior direito, o que estava a jeito de semear, digo, de espetar e
sangrar.
Nisto, a já
conhecida agulha rombuda, numa dor reprimida, rasgou e penetrou a minha vistosa
veia, salientada pelo garrote que me apertava o braço, e eu, de punho fechado,
lembrando-me de um símbolo político.
E de penso
no braço, do laboratório saímos, de braço dado.
Nota –
Também no próximo Domingo, dia 24, vamos fazer análises, a fim de sabermos qual
dos dez concorrentes será o sorteado para ir morar em Belém, fazendo-se passar
pelo presidente de todos nós.
José Amaral
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