DAS SUBVENÇÕES VITALÍCIAS
Das
explicações dadas pelos deputados que pediram ao TC socorro para não perderem
as famigeradas pensões vitalícias destacaria duas, uma que me fez chorar e
outra que me fez chorar a rir; esta última, do deputado Alberto Martins,
segundo o qual o pedido foi feito na defesa da Constituição; a primeira, do
ex-deputado Guilherme Silva, que foi preocupação dos subscritores acudir
àqueles antigos servidores do país que se encontram em grandes dificuldades
económicas…
Como, em
primeira análise, servidores do país somos/fomos todos, se eu tivesse a mesma
falta de vergonha destes senhores, estaria também a pedir um qualquer subsídio
extra, não fosse, também, um cultor da célebre frase de John Kennedy: “Ask don´t
what your country can do for you, but what you can do for your country”, embora
muito abusada por tudo quanto é malandro quando quer abrir caminho para o
tacho.
Um argumento
muito usado na defesa de maiores regalias para os políticos é que só assim será
possível atraír os melhores para a causa pública… Só que, da forma como as
coisas funcionam por cá, é fácil verificar que nunca são os de nobres
objectivos que singram na carreira política, mas sempre os mais trauliteiros e
demagogos.
Veja-se este
exemplo bem claro: foi muito elogiado por todos os quadrantes o autor do
relatório final do inquérito parlamentar ao caso BES, que, comparado com o
relatório de outro inquérito anterior, da autoria de deputada do mesmo partido,
mais notado foi pela isenção e competência demonstradas.
O resultado é
que, enquanto a autora do relatório anterior, muito criticado como um vulgar e
tendencioso panfleto, uma tal Clara Marques Mendes, continua na linha da frente
do partido no Parlamento, onde ainda um dia destes a vi cacarejar contra as
medidas tomadas pelo actual Governo a favor dos mais fracos, aquele deputado
responsável pelo relatório do caso BES foi marginalizado, caso que até chegou a
merecer o reparo de Marcelo, num dos seus passatempos da TVI.
Amândio G. Martins
NOTA - por ter detectado, "a posteriori", alguns "gatos" no meu texto acima, aí o deixo mais limpo.
ResponderEliminarSão corjas destas, acima mencionadas, que me indignam. E mais não digo, para que a minha tensão arterial não suba ainda mais.
ResponderEliminarE olhe que a pressão arterial é mesmo para levar a sério, senhor Amaral. Cá em casa todos os dias reclamo que a comida está salgada, mesmo que não esteja, só para "assustar" as senhoras. A minha médica espanhola receitou-me uma coisa chamada Valsartan, para tomar um por dia; só que aquilo não me deitava abaixo só a pressão... Falei com ela do "problema" e ficou assente que passaria a tomar em dias alternados, o que parece estar a resolver as duas coisas.
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