terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Caros concidadãos, prestem um pouco de atenção


Eis o título de um e-mail que acabei de receber: ‘o gabiru que é uma piada de mau gosto’, ao que pergunto a todos os constitucionalistas deste inconstitucional país se isto pode continuar:
‘Fulano de tal, tem 29 anos, é deputado do partido …, presidente da Juventude … e colunista da revista …. Arreigadamente liberal, o dito jovem postula o combate à influência do Estado sobre a sociedade e a economia, defende todas as privatizações, propugna a liberalização da prostituição – que considera uma opção profissional legítima e aceitável – e proclama as virtudes da ‘meritocracia’, palavrão sempre útil a quem nada fez, faz ou fará na vida. O dito cujo gabiru pede o esmagamento do Estado, mas recebe dele – através da Assembleia da República – um salário de 3683 euros; louva o mérito individual e as virtudes do self-made man, mas encontra-se há nove anos inscrito num curso de Direito que ainda não concluiu; fala da necessidade de ‘sacrifícios’, mas tem quase 30 anos, mal sabe escrever, não estudou e nunca trabalhou. É certo que o presidente da Jota está longe de ser caso único, mas o seu percurso demonstra bem aquilo em que se transformou o mundo dos partidos. Não há dúvida de que o primeiro, mais valioso e mais necessário instinto a reconstruir é o PUDOR. Enquanto ele faltar, pouco haverá a fazer pelo país’


José Amaral

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