Eis o título de um e-mail que acabei de receber: ‘o gabiru que é uma piada de mau gosto’,
ao que pergunto a todos os constitucionalistas deste inconstitucional país se
isto pode continuar:
‘Fulano de tal, tem 29 anos, é deputado do partido …,
presidente da Juventude … e colunista da revista …. Arreigadamente liberal, o
dito jovem postula o combate à influência do Estado sobre a sociedade e a
economia, defende todas as privatizações, propugna a liberalização da
prostituição – que considera uma opção profissional legítima e aceitável – e proclama
as virtudes da ‘meritocracia’, palavrão sempre útil a quem nada fez, faz ou
fará na vida. O dito cujo gabiru pede o esmagamento do Estado, mas recebe dele –
através da Assembleia da República – um salário de 3683 euros; louva o mérito individual e as virtudes do
self-made man, mas encontra-se há nove anos inscrito num curso de Direito que
ainda não concluiu; fala da necessidade de ‘sacrifícios’, mas tem quase 30 anos,
mal sabe escrever, não estudou e nunca trabalhou. É certo que o presidente da Jota
está longe de ser caso único, mas o seu percurso demonstra bem aquilo em que se
transformou o mundo dos partidos. Não há dúvida de que o primeiro, mais valioso
e mais necessário instinto a reconstruir é o PUDOR. Enquanto ele faltar, pouco
haverá a fazer pelo país’
José Amaral
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