domingo, 20 de setembro de 2015

AH! AH! AH!

                                        REMÉDIO SANTO
 Um velho sacerdote católico, conhecedor da natureza humana, como, em princípio, são todos, ouvia sem ser em confissão uma sua paroquiana queixar-se que vivia num inferno com o marido.
“Não nos falta nada, graças a Deus, mas passamos o tempo a ralhar, por causa do mau feitio dele”. O bom do padre respondeu-lhe que tinha um remédio santo para ela resolver o problema, e nem precisava pagar nada…
Deixou-a na sala e foi à cozinha encher na torneira uma garrafa com água e deu-lha com esta recomendação: “sempre que ele começar a ralhar, a senhora bebe um pouco desta água, mas não engole; conserve-a na boca até que ele se acalme”.
Passado algum tempo, a mulher foi ter com o padre para lhe agradecer e dizer que aquele remédio fôra mesmo “santo”, e com a vantagem de também ter muito dele lá em casa…
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O padre acima referido não é o da minha paróquia, mas podia muito bem ser, tal a capacidade que ele tem de desmontar as crendices que ouve a muitos dos seus “fregueses”, de uma forma que, se não lhes modifica o modo de pensar, abala de certeza os fundamentos de muita palermice e deixa-os a gargalhar  até às lágrimas.
Na última que presenciei, aguardávamos que viesse celebrar uma missa de sufrágio por um amigo recentemente falecido, sentados debaixo de uma oliveira centenária; ouvia-se ao longe a trovoada e falava-se da melhor forma de a gente se proteger dos perigos das descargas eléctricas: diziam uns que debaixo de uma oliveira não se corria perigo de levar com uma faísca; outros, que com uma criança ao colo é que se estava seguro…
O reverendo, que, quando tem tempo, gosta de entrar no tema que se discute, terminou com a coisa da forma mais hilariante:- “também já ouvi falar que bem juntinho à sogra é que se está seguro”.- “Essa é boa, nunca tal coisa ouvimos!”- “É que dizem que não há raio que a parta!”- remata  o sacerdote.
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Duas amigas que se reencontram ao fim de bastante tempo: -Olá, querida, não te via há tanto tempo. –É que eu passei um mês em coma, não sabia? –É mesmo? Que bom, que sorte você tem de poder viajar! Só o meu marido há anos que não me leva a lado nenhum…
O vento sopra forte e levanta as saias da velhinha, que segura com as duas mão o chapéu. A alguém que lhe diz que está descomposta, responde: olha, meu filho, isso aí em baixo tem 80 anos, mas o chapéu comprei-o esta manhã…
                                 Amândio G. Martins
                                    




1 comentário:

  1. Ás vezes também é bom trazer a este blogue ventos de boa disposição e foi o que o amigo Amândio fez ao contar-nos estas pequenas mas cheias de graça anedotas. Por mim, obrigado. A história da velhinha e do chapéu, é de gritos. Bem haja e um abraço para si, amigo.

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