domingo, 13 de setembro de 2015

CAPITALISMO E SUICÍDIO

Já houve 567 suicídios desde o início do ano em Portugal. No entanto, estes números até podem vir a duplicar, como afirmou o psiquiatra Ricardo Gusmão, presidente da Eutimia- Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal, uma vez que dizem respeito àqueles óbitos que são logo declarados como suicídio no dia em que acontecem. Falta acrescentar as mortes que se encontram ainda a ser investigadas.
A crise económica, a pobreza, o governo fascista de Passos Coelho, que governa sem qualquer sensibilidade social, mas sobretudo uma vida sem sentido, onde as pessoas competem e se atropelam levam cada vez mais indivíduos a pôr fim à vida. É esquizofrénica esta sobreposição de imagens, onde as vedetas televisivas vivem a nossa vida, onde meia-dúzia de poderosos se exibe e factura, onde o tédio impera. Os laços de amor, de amizade são postos em causa. As pessoas estão cada vez mais isoladas no reino do dinheiro e do mercado onde se encontram à venda. As pessoas são transformadas em números, em mercadorias. Perde-se a vontade de viver. Já nada importa. Eis no que deu o capitalismo.

8 comentários:

  1. Caro A. Pedro Ribeiro,
    Peço desculpa mas as palavras têm um significado para que não sejam uma fonte de equívocos e assim nos podermos entender. Pode ter todas as razões para se preocupar com a saúde mental em Portugal e certamente uma sociedade consumista, sexista e materialista pode provocar, ou provoca mesmo um grande vazio e falta de sentido para a vida e consequente desespero dela. Nisto concordo consigo, mas afirmar que um governo democraticamente eleito como têm sido todos os governos em Portugal desde o 25 de Abril de 1974 é fascista um erro. Um governo fascista por definição não é um governo nascido da vontade popular livremente realizada em eleições livres como aconteceram há 4 anos. Pode não concordar com as medidas tomadas ou as politicas realizadas, mas não deve dizer que é um governo fascista sob pena e descredibilizar a mensagem que quis enviar.

    ResponderEliminar
  2. Não concordo com o companheiro de escritas Afonso Cabral quando diz no seu texto em que se declara de direita "...Daqueles que não se identificam de esquerda e que raramente se fazem ouvir neste blogue" É preciso andar-se a gritar aos 4 ventos que se é de esquerda ou de direita? E menos ainda concordo quando fala, referindo-se à esquerda, " Uma inaceitável arrogância moral".
    Assim como também não concordo, Sr. Afonso, que se classifique o actual governo de fascista. Devemos efectivamente dar o correcto significado às palavras, e fazer correctos juízos. Eu sou de esquerda consequente, mas também tenho bons amigos de direita.

    ResponderEliminar
  3. Respostas
    1. Entendo que o mais importante é a busca pelo que nos une e aproxima do que o que nos desune e afasta. Mas parece-me um facto que aqui se têm ouvido muito mais a esquerda e a extrema esquerda do que a direita, mas isso é apenas resulta da timidez da direita que não tem por que o ser.

      Eliminar
    2. Mas pergunto senhor Afonso. Afinal quem é a extrema esquerda em Portugal ? Eu tento responder : Que eu saiba face à nossa recente história, a extrema esquerda era a UDP A LCI, a AOC e os inimigos figadais do PCP que são conhecidos pelo nome de MRPP, sendo que muitos dos actuais politicos do chamado "arco da governação" foram militantes da tal extrema esquerda, especialmente do MRPP, e o (PS e PSD) estão cheios desses camaleões da politica. Portanto deixe-mo-nos de mistificações.

      Eliminar
    3. Sr. Arlindo Costa,
      Eu também vou tentar responder à sua pergunta: em minha opinião (que vale exatamente o que vale) a esquerda em Portugal é o PCP e a extrema esquerda é o Garcia Pereira que é um partido unipessoal.

      Eliminar
  4. Os factos são insofismáveis: A direita e o capitalismo são irmãos siameses. E os dois, juntos, são responsáveis por todas as desgraças que a humanidade tem enfrentado. Desde sempre.Veja-se o tem feito este governo: tirar ao trabalho para dar ao capital, mediante a promessa de criação de emprego. Acontece que o capital é insaciável. Daí que, depois de transferir do trabalho directamente para o capital biliões de euros, oos "guias" da alta finança continuem a pressionar para que se reduza ainda mais o custo do trabalho, o que levou este chefe de governo a lamentar não ter podido fazê-lo como queria...

    ResponderEliminar
  5. "A esquerda em Portugal", não é só o PCP!

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.