domingo, 20 de setembro de 2015

Quanto mais penso ...


Quanto mais penso, só penso que sei que não sei o que mais existe para saber, e que fatal e temporalmente nunca saberei.
E neste analfabeto cogitar, acabei de saber que não sabia as seguintes questões ou interpretações: assim, ‘quem ganha um acto eleitoral, quem tem mais votos ou quem tem mais deputados?’
‘Quem é considerado mais rico, o que tem mais dinheiro ou mais idade?’
‘Quem ganha uma competição, aquele que obteve mais pontos ou pesa mais?’ etc., etc., etc.
Agora, segundo doutos constitucionalistas, e passados 41 anos do actual regime, o partido que obtiver mais deputados é que é considerado o vencedor das próximas legislativas de 4/10.
Logo, a habitual maioria simples já não é 50% dos votos + 1. Então, em que ficamos?
Com este pensar de caracol, nem nas próximas gerações alcançaremos os mais vagarosos.

Entretanto, constato que o que tenho escrito sobre a vinda massiva de refugiados de guerras ou de migrantes não tem sido a mais correcta opinião, pois são seres fugindo a mil e uma provações e carnificina, pelo que precisam de quem humanitariamente os ajude, sem olhar a credos ou enredos.
E os que vêm, mormente, do Iraque, pode dizer-se que são os ‘estilhaços’ das armas de destruição maciça que o ‘nosso’ cherne também convictamente achava existirem algures nesse país, dizimado pelas hordas bushianas no passado muito recente.
De facto, ‘quem semeia ventos, colhe tempestades’.


José Amaral

3 comentários:

  1. O que fizeram ao Iraque, está mais que demonstrado, é o retrato em corpo inteiro da Direita e do capitalismo no mundo. E foi o rastilho para todas as desgraças a que hoje assistimos. E é a prova provada de que o néscio - como dizia Anatole France - é muito mais funesto do que o malvado. É que o malvado descansa às vezes; o néscio não descansa nunca!...

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    1. Pena é, caro Górgias, que em Portugal haja tantos adeptos do tal néscio.Mas, para combater essas mentes néscias, só vejo uma solução, que é o combate ideológico e incessante contra a ignorância e a indiferença e o egoísmo da maioria do nosso povo.

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  2. Gostei muito do seu acertado comentário, Caro Górgias.

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