Na multiplicidade de iniciativas que os partidos políticos estão a levar a efeito, por todo o país, enquadradas na mensagem que pretendem levar aos portugueses, visando “caçar” o seu voto para as próximas eleições legislativas, não foi incluída (pelo menos até ao momento), uma que assinale de forma significativa o que TODOS afirmam ser o que os norteia: a dedicação aos cidadãos, a defesa dos seus interesses e a partilha dos seus problemas e das suas angústias bem como evidenciar a carência generalizada em tudo o que à sua saúde diz respeito. Há mais, muitas mais lacunas que atingem milhares e milhares de portugueses. Foquemo-nos, agora e apenas, numa situação bem atual e quanto dramática como desumana.
Na passada semana a comunicação social, escrita e televisiva, fez eco da penosa espera, a partir do final da tarde do dia anterior, até à abertura dos Serviços, na manhã do dia seguinte, de longas filas para atribuição de uma senha destinada a um exame médico – o que acontece, pasme-se, trimestralmente. Durante as longas horas suportadas ao relento, faça chuva, frio, trovoadas ou outras intempéries, as largas dezenas de cidadãos (quais escravos da injusta sociedade em que vivemos), muitos de idade avançada, outros com deficiências diversas aguardam mas, ao mesmo tempo, angustiados na perspetiva de, quando chegar a sua vez, JÁ NÃO HAVER MAIS SENHAS. Na circunstância, então, nada mais lhes resta do que voltar a viver o mesmo drama no próximo “bodo aos pobres” que o Ministério da Saúde venha a atribuir. E assim sucessivamente.
Aqui chegados, feita a descrição desta triste realidade, perguntamo-nos: então não seria importante, como significativa, a presença dos partidos durante as longas horas de martírio de tantos portugueses e eleitores, demonstrando o que defendem em teoria e viver com eles uma ACÇÃO DE CAMPANHA ? Será que nenhum partido se lembrou desta situação, ou a mesma é tida como pouco significativa (leia-se fraca na recolha de votos) ou, então, que a mesma encerra um “sacrifício” (são longas horas de penoso desconforto) e, o melhor, será ignorar ?
Por favor, que responda quem souber. Ou quiser, se for capaz!
Carlos Morais
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