COMO SE TODOS FOSSEM DESTITUÍDOS…
Aos que olham
mais à estreiteza da conta que à largueza da vida, parafraseando o grande jesuíta
António Vieira, apresentou há tempos o JN o quadro dramático de uma viúva com sete
filhos, dos quais só o mais velho já pode prover ao seu sustento, mas cujo
rendimento foi usado como argumento para cortar aos irmãos o apoio que
recebiam!
A imagem
daqueles corpos franzinos e rostos tristes, que, sem ponta de demagogia, são
uma amostra concreta do que tem vindo a ser feito ao país nestes últimos anos,
deveria tirar o sono a qualquer governante decente, se fôssemos governados por
gente com vergonha na cara. O quadro dramático representado por aquela senhora
e suas crianças, que também vive sob ameaça de lhas tirarem, é um chocante
postal de “incentivo” à natalidade.
Entretanto, tomando-nos
a todos por mentecaptos, os megafones da propaganda governamental aturdem-nos a
todo o momento com o “feito” de terem tirado o país da “bancarrota”, quando é
evidente que, depois do esbulho aos que menos têm, ainda cometem a proeza de
passar a dívida pública para montantes astronómicos, a coisa nunca esteve tão
rota como agora…
De facto, por
mais que os demagogos sem escrúpulos nos
tentem impingir as suas patranhas, prometendo que agora sim; agora, que puseram o país no bom caminho, é
que vão olhar pelos mais frágeis, isso não vai mudar em nada a negra realidade de
milhões de portugueses, que vai continuar negra, por muito que caiam na
esparrela de lhes dar o voto. É que não é da natureza desta gente governar com
competência e equidade, tocando nos privilégios da casta de onde são oriundos.E
cabe aqui perguntar de onde terá vindo o dinheiro que tanto apregoam ter
atafulhado os cofres, e se não vai ser preciso pagar a quem permitiu enchê-los…
É que se o
que forçou o pedido de ajuda foi a dívida estar muito alta e a economia
anémica, e esta continua fraca e aquela engordou, nos últimos tempos, para
valores nunca vistos, que observadores atentos dizem ser impagáveis, nos moldes
em que está, fica claro que andamos a ser roubados para mais nada que não fosse
encher ainda mais o bandulho a uns quantos nababos, que retribuem as prebendas
intoxicando, no seu raio de acção, um povo cada vez mais fragilizado, sem saber
bem para onde se virar.
Comentário lúcido e actualizado. Devia de ser considerado por todo o cidadão português que pretende votar no próximo domingo.
ResponderEliminarAmigo Amândio, o seu texto é um fidelíssimo retrato das desgraças que grassam por este país, e a devida acusação aos seus principais responsáveis. Devia ter a máxima divulgação possível. Se quiser envie para aqui para eu fazê-lo: fjramalho@live.com.pt
ResponderEliminarObrigado aos senhores Joaquim Tapadinhas e Francisco Ramalho pela atenção que me dispensam.
ResponderEliminarA 4/10 poder-se-ia alterar este rumo da desgraça, todavia, meus caros concidadãos, vão ver que mais uma vez 'vamos' o dito à palmatória, para novo esmifranço, até que não tenhamos mais cheta para sustentar tanto sacana a viver a custa do povo.
ResponderEliminaro texto acima peca por algumas gralhas: aqui vai ele escorreito: "A 4/10 poder-se-ia alterar este rumo de desgraça colectiva, todavia, meus caros concidadãos, vão ver que mais uma vez 'vamos' dar o dito aos mesmos de sempre, para novo esmifranço, até que não tenhamos mais cheta para sustentar tanto sacana a viver à custa de um povo que não acorda e diga BASTA!!!
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