Era uma vez um país distante que tinha um grave problema com as finanças.
O governo desse país pediu muito dinheiro emprestado para desenvolver a economia mas preferiu construir palácios e pirâmides a aplicar os biliões nos campos e nas fábricas.
Os biliões que sobraram foram postos á guarda da Banca.
Os bancos como nunca se tinham visto com tamanha fortuna arrecadada, resolveram aplicar os colossais depósitos em investimentos na Bolsa que prometia grandes e rentáveis negócios.
Como a entidade que oferecia maiores dividendos se chamava “Quanto mais jogas mais ganhas” deu para o torto e faliu a Banca para recuperar os muitos milhões perdidos convenceu os pequenos aforradores a aplicar os fundos no jogo do papel “Quanto mais compras mais lucras”
Mas, para desespero dos pequenos investidores este jogo também correu mal, os investidores perderam tudo e a Banca faliu.
Para tapar o colossal buraco financeiro, o governo foi ao estrangeiro pedir mais dinheiro para pagar os juros dos biliões perdidos ao jogo.
Perante a indignação dos cidadãos ludibriados pela Banca com a conivência do governo que avalizou a bondade do jogo do papel, que agora protestavam em tudo o que era sítio e andavam, a 15 dias das eleições, a arruinar a campanha do governo “A Nação Primeirojm, o ministro principal, o mais visado pelos protestos, aflito com as sondagens resolveu convocar uma reunião urgente com os dois ministros mais importantes do governo.
O ponto da ordem de trabalhos era único: “Uma medida para convencer os lesados do jogo do papel a abandonarem os protestos”
À volta da mesa triangular sentaram-se o ministro principal Pedro e os adjuntos Paulo e Maria.
Durante mais de uma hora entreolharam-se mudos, até que um raio de clarividência atingiu o ministro principal que disse:
“Então e se prometêssemos aos gajos uma subscrição pública para arranjar dinheiro para pagar aos advogados para estes porem a Banca no Tribunal?”
Depois de olharem cúmplices um para o outro os dois adjuntos levantaram-se e eufóricos aplaudiram:
- Brilhante Pedro, disse Paulo.
- Genial Chefe, disse Maria.
Carlos Pernes
Visitava eu um velho cliente, velho como cliente e na idade, quase cem anos, para lhe propor um negócio em que quanto maior fosse a encomenda, maiores seriam os descontos. -Olhe - responde-me ele - então, se quanto mais comprar, mais barato me fica, vamos fazer aí uma encomenda tão grande, tão grande, que eu não tenha de pagar nada!...
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