A
estabilidade política é efetivamente muito importante para que
qualquer governo execute plenamente o seu programa. Portanto, se ela
é útil a qualquer governo, não significa que o seja para o país.
Depende, evidentemente, da bondade do programa e do respetivo
governo. Quanto aos atuais, programa e governo, estamos conversados!
Mas não só! Não foi apenas este governo que conduziu o país ao
estado calamitoso em que se encontra. Foram também os anteriores. Do
PSD e do PS. Com ou sem CDS. Os donos do país, os beneficiários das
políticas anti-populares implementadas por esses governos, com
certeza aplaudiram Passos coelho, quando este afirmou que para bem da
estabilidade e do país, a coligação que lidera, ou o PS, devem ter
maioria absoluta. Como não é previsível este desiderato para
qualquer partido ou coligação e, caso seja o PS, o partido mais
votado, como é que vai conseguir a estabilidade, e quem é que ela
beneficiará! Se de novo a tal minoria privilegiada, ou a grande
maioria dos portugueses e o país! Depende, portanto, com quem é que
o PS decida entender-se. Não será consensual, ou quase, que para
essa estabilidade positiva para o povo e para o país, o PCP, a CDU,
serão imprescindíveis?
Jerónimo
de Sousa tem sido bem claro: depende do povo. Não do PS!
Evidentemente que qualquer entendimento implica cedências mútuas. E
elas não têm a ver com a representação parlamentar que cada um
conseguir? Se a CDU não subir substancialmente e o PS lograr um
resultado confortável, António Costa não manda Jerónimo dar uma
volta ao bilhar grande? Mas se a CDU subir, e bem? O PS continuará a
fazer orelhas moucas à renegociação da dívida que só em juros
nos surripia 8 mil milhões de euros por ano? continuará a assobiar
para o lado quando o PCP propõe que se tribute e se controle melhor
o grande capital? Que se bata o pé a Bruxelas quanto a quotas e
tantas outras matérias essenciais à economia nacional, ao país e
ao povo?
Portanto,
estabilidade e voto útil, sim senhor! Mas, para quem, e em quem?
Francisco
Ramalho
Corroios,
13 de Setembro de 2015
De acordo caro Francisco Ramalho. Voto útil ´só é aquele que, for útil ao votante, e não, a um dos três partidos (PS,PSD e CDS) , os responsáveis pelo crescimento da pobreza em Portugal e pela destabelização das famílas portuguesas. Eu vou votar na CDU ! E não me chamem de extrema esquerda. Porque eu sou simplesmente de esquerda.
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