domingo, 13 de setembro de 2015

Estabilidade e voto útil



A estabilidade política é efetivamente muito importante para que qualquer governo execute plenamente o seu programa. Portanto, se ela é útil a qualquer governo, não significa que o seja para o país. Depende, evidentemente, da bondade do programa e do respetivo governo. Quanto aos atuais, programa e governo, estamos conversados! Mas não só! Não foi apenas este governo que conduziu o país ao estado calamitoso em que se encontra. Foram também os anteriores. Do PSD e do PS. Com ou sem CDS. Os donos do país, os beneficiários das políticas anti-populares implementadas por esses governos, com certeza aplaudiram Passos coelho, quando este afirmou que para bem da estabilidade e do país, a coligação que lidera, ou o PS, devem ter maioria absoluta. Como não é previsível este desiderato para qualquer partido ou coligação e, caso seja o PS, o partido mais votado, como é que vai conseguir a estabilidade, e quem é que ela beneficiará! Se de novo a tal minoria privilegiada, ou a grande maioria dos portugueses e o país! Depende, portanto, com quem é que o PS decida entender-se. Não será consensual, ou quase, que para essa estabilidade positiva para o povo e para o país, o PCP, a CDU, serão imprescindíveis?
Jerónimo de Sousa tem sido bem claro: depende do povo. Não do PS! Evidentemente que qualquer entendimento implica cedências mútuas. E elas não têm a ver com a representação parlamentar que cada um conseguir? Se a CDU não subir substancialmente e o PS lograr um resultado confortável, António Costa não manda Jerónimo dar uma volta ao bilhar grande? Mas se a CDU subir, e bem? O PS continuará a fazer orelhas moucas à renegociação da dívida que só em juros nos surripia 8 mil milhões de euros por ano? continuará a assobiar para o lado quando o PCP propõe que se tribute e se controle melhor o grande capital? Que se bata o pé a Bruxelas quanto a quotas e tantas outras matérias essenciais à economia nacional, ao país e ao povo?
Portanto, estabilidade e voto útil, sim senhor! Mas, para quem, e em quem?

Francisco Ramalho
Corroios, 13 de Setembro de 2015


1 comentário:

  1. De acordo caro Francisco Ramalho. Voto útil ´só é aquele que, for útil ao votante, e não, a um dos três partidos (PS,PSD e CDS) , os responsáveis pelo crescimento da pobreza em Portugal e pela destabelização das famílas portuguesas. Eu vou votar na CDU ! E não me chamem de extrema esquerda. Porque eu sou simplesmente de esquerda.

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