terça-feira, 15 de setembro de 2015

Porto

Questionei-me muitas vezes sobre um edifício em ruinas junto ao estação de S. Bento no Porto e que há algum tempo foi coberto com uma espécie de rede fluorescente.
Sendo este local dos mais fotografados pelos turistas num Porto que está na moda, não entendia as ruínas, entendendo menos ainda a solução encontrada com a tal “rede”
O JN fez o favor de me esclarecer no jornal de hoje: afinal trata-se da decoração de uma sala de chuto e a “rede” não é nada mais, nada menos do que um elemento artístico chamado Metamorfose.
Meus senhores, não era mais fácil eliminar essas ruínas, limpando o espaço, quando muito criando ali um espaço de lazer? Quanto custou uma ideia dessas?
A cidade não mexe. Eu cresci no Porto e o que observo é que não há mudança, ou há, para pior. Em cada canto vemos casas em ruinas com riscos para o transeunte desprevenido.
Parece que a cidade do Porto está entregue a uma meia dúzia de iluminados que vão desbaratando grandes recursos financeiros praticamente numa única zona da cidade (Mouzinho da Silveira e pouco mais) o que, por este andar, se a ideia era repovoar a baixa do Porto com gente jovem tenho dúvidas que os tais jovens tenham poder de compra para habitações recuperadas a peso de ouro.
Provavelmente serão casas compradas por quem tem poder de compra; talvez um novo Algarve no Porto…
Os gestores da cidade aparentemente não souberam e não sabem aproveitar a imensa procura que tem o Porto. Há zonas que parecem autênticos estaleiros de tão caóticos.


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