Subscrição pública?

Pedro Passos Coelho, mal recebido em Braga (porquê?), deu, finalmente, a ajuda de que os lesados do BES precisavam: ofereceu-se para organizar uma subscrição pública que os ajude a recorrer a tribunal. Felizmente, não faço parte do conjunto dos lesados directos pelo descalabro do BES mas, infelizmente, enquanto contribuinte e cidadão português, não consigo furtar-me ao outro conjunto, o dos lesados indirectos. Tenho o maior respeito por quem foi tão soezmente enganado por “habilidosos”, incluindo o inefável “mais alto magistrado da Nação”. Mais uma vez, lançou-se o desprezo sobre os que acreditaram no sistema e suas instituições, aconselhando-os ao “desenrascanço”. PPC encaminha-os para os tribunais e, se não tiverem dinheiro para isso, não há problema nenhum, promove pessoalmente uma subscrição pública. Espartilhado no seu “economês” neoliberal, devia estar a pensar numa Oferta Pública de Subscrição bolsista mas, para o Povo Português, pouco habituado a essas andanças, a figura só faz lembrar um peditório público, tipo anti-tuberculoso ou em favor da luta anti-cancro, sem ofensa para tão dignas iniciativas. Já agora, por que não um peditório à porta dos supermercados, com voluntários da jotinha laranja a colectar os donativos para os preparos judiciais? A pré-campanha está a fazer mal a PPC. Andará baralhado das ideias? Já confunde responsabilidades políticas com caridade pública e nunca tem culpa de nada. Pena é que não esteja disponível para organizar subscrições em defesa de tantos lesados por esta governação. Por mim, bastava-me que se fosse embora. E de vez!