quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Despacho final

Protagonistas da Operação Marquês
No despacho final com mais de quatro mil páginas, acerca da intrincada Operação Marquês, a Justiça portuguesa acusou José Sócrates de 31 crimes, acolitado por mais dezanove vorazes tubarões e ainda nove empresas, tudo metido na mesma delituosa caverna, onde ‘os donos disto tudo’ fabricavam corrupção activa e passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, peculato, fraude fiscal qualificada e abuso de confiança.
De facto, num país muito antigo, com uma democracia ainda jovem, foi possível chegar-se a este desfecho, onde um ex-primeiro-ministro se deixou enredar pelo mundo da alta finança, onde muitos prevaricadores se julgam ou julgavam intocáveis e acima de qualquer lei.
Resumindo, no caso vertente, ‘a montanha não pariu um rato’, mas tubarões de alta ferocidade.

NOTA: texto publicado pelo Jornal PÚBLICO de 12/10

José Amaral

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