Vi, aqui, há bocado, a informação de que o estupor do Vitor Colaço Santos, aparece como autor do meu artigo "1º de Maio, dia do empresário a recibo verde", publicado, no Expresso desta semana.
Vou pedir esclarecimentos ao Expresso, pois, como abaixo demonstro, no dia 24 de Abril já tinha enviado o referido texto, mas que o " o estupor do especialista plagiador"; Vitor Colaço Santos, alterou o título e deu mais uns "arranjos". Sim senhor! Um artista! E ainda tem quem lhe peça desculpa; o JN!
Com cumprimentos, envio texto para eventual publicação.
Atenciosamente
Silvino Taveira Machado Figueiredo
1º de Maio; “Dia do empresário a recibo verde”.
Empresários, sim, porque trabalhadores, como os que foram vítimas da
repressão, por reivindicarem melhores condições de trabalho, no célebre
1º de Maio de 1886, em Chicago, estão, agora, transformados em
colaboradores (que fino!) das empresas, deixando para trás a agora quase
pejorativa designação de operários. Os sindicatos estão a perder força,
porque a grande força de trabalho assenta em trabalho precário, e em
nome individual, baseado na pomposa designação de “Empresários em nome
individual”
Consórcios de empresas, já existentes ou constituídas na hora, a quem
são adjudicadas grandes obras de milhões de euros, para as executarem
recorrem a subempreiteiros, estes a outros subempreiteiros, que, por
sua vez, utilizam células individuais de força de trabalho; os tais
“empresários, em nome individual”, sem força coletiva para reivindicarem
e sempre à mercê da força do capital, esse sim, sempre unido; qual
gigante sanguessuga de suores e lágrimas dos trabalhadores, mantidos
sempre nos mínimos da remuneração, porque senão deixam de ser
competitivos, dizem os capitalistas! Nas mãos dos grandes patrões, o
trabalho, tudo ele, tende a ser precário, tanto no tempo como na
remuneração ao serviço da máxima rentabilidade! Quando não dá lucro,
logo se descartam os trabalhadores, sem quaisquer preocupações sociais,
essas são remetidas para o Estado, que por sua vez, atualmente, liderado
por ideais liberais, tende a ficar também isento de responsabilidade.
Quarenta anos após o 25 de Abril, tenho a sensação de que somos
governado por uma “Empresa de Ministros, em nome individual”, a termo
certo, remunerado a recibos cor de rosa, ao serviço duma multinacional; a
TROIKA, e que passam regras faturas ao povo português, a quem, para
compensar a miséria, até dão carros de topo da gama. O liberalismo
galopa e vai espezinhando valores sociais e morais, abrindo desenfreado
caminho ao salve-se quem poder, golpeando o valor do coletivo, através
da promoção do bonito “empreendedorismo” em nome individual!
De tal modo não me admira se a expressão religiosa do “Venha a nós”,
seja substituída pelo “Venha a mim”, com cada um a tratar de si sem que
haja quem trate de todos!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Nota: Ainda há dúvidas?
O jornal Publico volta hoje a este assunto, informando que a carta assinada por Vitor Colaço Santos é da autoria de Silvino Figueiredo e pede desculpa a ambos. Contudo, achamos tudo isto muito estranho, porque a eventual confusão sucedeu em mais jornais.
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