Impossível diminuir a abstenção nas Europeias (com outro título no DN. 12.05.2014)
A menos de um mês das Eleições Europeias, antevê-se
que a abstenção será a nossa grande vencedora. Não há qualquer razão para que
tal não deva ter que acontecer, quer a nível geral europeu, mas ainda mais, a nível
interno, nosso.
A noção de que a União Europeia não funciona é mais que evidente, e, se razões menos próximas não existissem, bastaria analisar-se a total diferença de reacção e actuação dos EUA e da União Europeia, quanto à invasão da Rússia à Ucrânia, Crimeia já foi, agora falta o resto.
Os EUA estão do outro lado do Atlântico e reagiram com o empenho que a ainda primeira potência mundial faz, mas essencialmente por ainda não terem virado as costas totalmente à Europa.
A União Europeia que de União tem somente o nome, e que está tão próxima territorialmente da Rússia, nem assim reage. Como sempre cria um emaranhado de reuniões, de indecisões, de muito falatório, muita burocracia e sem uma cabeça junta a decidir. Fica sempre tudo hesitante.
Mas se quisermos ir lentamente recuando no tempo, facilmente entenderemos que a Europa não tem seguido qualquer força de União Democrática, e que a divisória entre Norte e Sul acentua-se cada vez mais. Ao ponto de Portugal não poder pedir um apoio no pós-troika, por não ter para tal a autorização / cooperação da Alemanha, Finlândia, Áustria e Holanda, tudo o resto é “paisagem” que “ Cá dentro” é dita, para uso interno, e “toma” quem quer!
E, as eleições “cá” para o Parlamento Europeu giram em torno de candidatos que falam os que os seus Chefes de cá, de momento “mandam”, que é dizer mal uns dos outros e nada mais que isso. E nenhum candidato consegue falar-nos sobre o que vai fazer “lá fora”, para defender o nosso País, sempre dentro de um Espaço que deveria ser único, democrático, verdadeiro e Europeu. Nenhum candidato está minimamente interessado ou autorizado, em nos explicar como trabalhará lá fora, em que áreas pode ser útil e o que defenderá lá se for eleito por nós, de cá. E os que já nem hipóteses de para “lá voltar” têm, falam cá, de tudo menos do que justifica irmos votar nas eleições de “lá”
De facto com este panorama não é possível querer-se que a abstenção não seja enorme e assustadora, uma vez que não se está a votar para o Parlamento Interno, e mesmo para esse e com estas politiquices, raramente se vota em “alguém” mas não poucas vezes, ” contra o outro alguém”. Valha-nos cá, não termos ainda partidos de extrema-direita, para não serem os mais votados como vai acontecer por esta Europa em Crise!
A noção de que a União Europeia não funciona é mais que evidente, e, se razões menos próximas não existissem, bastaria analisar-se a total diferença de reacção e actuação dos EUA e da União Europeia, quanto à invasão da Rússia à Ucrânia, Crimeia já foi, agora falta o resto.
Os EUA estão do outro lado do Atlântico e reagiram com o empenho que a ainda primeira potência mundial faz, mas essencialmente por ainda não terem virado as costas totalmente à Europa.
A União Europeia que de União tem somente o nome, e que está tão próxima territorialmente da Rússia, nem assim reage. Como sempre cria um emaranhado de reuniões, de indecisões, de muito falatório, muita burocracia e sem uma cabeça junta a decidir. Fica sempre tudo hesitante.
Mas se quisermos ir lentamente recuando no tempo, facilmente entenderemos que a Europa não tem seguido qualquer força de União Democrática, e que a divisória entre Norte e Sul acentua-se cada vez mais. Ao ponto de Portugal não poder pedir um apoio no pós-troika, por não ter para tal a autorização / cooperação da Alemanha, Finlândia, Áustria e Holanda, tudo o resto é “paisagem” que “ Cá dentro” é dita, para uso interno, e “toma” quem quer!
E, as eleições “cá” para o Parlamento Europeu giram em torno de candidatos que falam os que os seus Chefes de cá, de momento “mandam”, que é dizer mal uns dos outros e nada mais que isso. E nenhum candidato consegue falar-nos sobre o que vai fazer “lá fora”, para defender o nosso País, sempre dentro de um Espaço que deveria ser único, democrático, verdadeiro e Europeu. Nenhum candidato está minimamente interessado ou autorizado, em nos explicar como trabalhará lá fora, em que áreas pode ser útil e o que defenderá lá se for eleito por nós, de cá. E os que já nem hipóteses de para “lá voltar” têm, falam cá, de tudo menos do que justifica irmos votar nas eleições de “lá”
De facto com este panorama não é possível querer-se que a abstenção não seja enorme e assustadora, uma vez que não se está a votar para o Parlamento Interno, e mesmo para esse e com estas politiquices, raramente se vota em “alguém” mas não poucas vezes, ” contra o outro alguém”. Valha-nos cá, não termos ainda partidos de extrema-direita, para não serem os mais votados como vai acontecer por esta Europa em Crise!
Augusto Küttner de Magalhães
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