segunda-feira, 19 de maio de 2014

SEREMOS ATRASADOS MENTAIS?


Os políticos em funções, de todos os partidos, devem pensar que os portugueses são atrasados mentais. Esta de o PS, normal alternativa de poder nos últimos 40 anos, responsável por décadas de governos, apresentar um programa de governo na campanha para eleições europeias, daria para rir, se a situação de milhões de portugueses não fosse trágica. Que as oposições desprezem o tema das eleições, que seria naturalmente o poder nas instituições europeias, já não é surpreendente, tal a indigência da geração de "jotinhas" no poder e nas oposições. Agora apresentar um programa de acções de governo, quando as eleições legislativas estão previstas para o fim de 2015, é desconsiderar a inteligência dos eleitores. Se estes forem sensatos como habitualmente são, vão também castigar a promessa totalmente inútil e demagoga de "não aumentar a carga fiscal", feita pelo SG do PS recentemente. A história dos próprios governos PS teria bastado para haver pudor e prudência, sobretudo face a uma conjuntura económica muito estagnada, quer em Portugal, quer nos chamados "motores" da economia europeia (França, Alemanha, Itália e Espanha). O actual governo, também prolixo em promessas antes de ser governo, deu logo o dito por não dito, nessa mesma matéria fiscal. Para quem gosta de votar, porque há 50 anos isso não contava para nada, estas eleições e mesmo as legislativas serão um teste muito difícil, mesmo para escolher os menos maus. Por um lado importava castigar este governo, pelos esbulhos feitos aos reformados, pensionistas e funcionários públicos. Mas depois, quando olhamos para o PS, normal alternativa no chamado "arco do poder", é de susto! Certamente quem irá vencer esta eleição serão os abstencionistas, e por incompetência do dito "arco", o próprio PCP irá melhorar bastante.

8 comentários:

  1. Caro Manuel, se os abstencionistas vencerem as eleições então sim, será caso para dizer que somos atrasados mentais. Há vida para lá do "arco do poder" mas isso obriga a pensar e o eleitor português não se tem dado ao trabalho de o fazer.

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  2. Confundir o não aceitar as regras de um jogo viciado à partida, com irresponsabilidade, para além de arrogante é menorizar a inteligência de outros, que, muitas vezes, nem conhecemos. Não concordar com as ementas e maneiras como se organizam, não é ter menos consideração pelos concordam. Ninguém julga ninguém e, em democracia, ninguém pode ser acusado de não participar num festim. Os abstencionistas não podem vencer um jogo em que não entraram, mas podem dar o sinal de que entendem que o jogo está viciado à partida. Um abraço para todos, porque todos desejam um Portugal melhor, e ninguém deve ser apontado ou perseguido pelo seu pensamento livre.

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    1. Obrigado, Caro Joaquim, pelo seu comentário. Eu não consigo compreender e muito menos aceitar o desprezo pelos interesses nacionais, durante o resgate, dos agentes políticos que não quiserem entender-se sobre alguns pontos essenciais à nossa recuperação. Estes "jotinhas" não prestam para nada.

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  3. Longe de mim pretender interferir no espaço de liberdade individual dos meus compatriotas. Mas estou convicto que os governantes de uma nação são retrato do seu povo.

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    1. Sim, Caro Silvares, já o confirmei acima. É absolutamente certo!

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  4. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Muitas vezes as generalizações são imprudentes. Por esse caminho chegaríamos à conclusão que Salazar era o retrato do povo português, ou que Hitler e Staline eram os retratos dos povos alemão e russo. Cada pessoa tem a sua personalidade e ninguém é o retrato de ninguém. Um abraço ao Silvares que é um soldado na mesma luta.

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    1. Eu quero acreditar que a referência feita não seria que os governantes seriam sempre o retrato do seu povo. Acho que apenas quando eles são inaptos, não serão responsabilidade total dos seus representados, mas pelo facto de os terem eleito, não merecerão mais...

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