quarta-feira, 28 de maio de 2014

O DESPESISMO DO ESTADO

       Um dos cavalos de batalha do governo PS, na anterior legislatura, e que continua a ser montado por este governo minoritário também do Partido Socialista, foi a redução drástica das  despesas do Estado. E que medidas tomou?
1- suspendeu a progressão na carreira dos funcionários públicos durante  28 meses;
2- criou mecanismos que dificultam o acesso aos escalões superiores, melhor remunerados;
3- colocou funcionários em mobilidade especial, ou seja, em casa com redução do salário auferido.
Que falta de respeito pelos trabalhadores e suas famílias!
Havia e há outras soluções para capitalizar os cofres do Estado:
1- comprar carros de serviço mais baratos e de menor consumo (desde sempre, os carros usados pelos membros dos vários governos do país, pelos autarcas e pelos gestores públicos são Mercedes, BMW e Audi, muitos deles modelos de alta gama, que são trocados no fim do leasing, a cinco anos, por carros novos ou vendidos, indo até parar a mãos de particulares, por um terço do preço que custaram, quando podiam manter-se ao serviço o dobro do tempo);
2- evitar derrapagens orçamentais nas obras públicas;
3- reduzir os salários principescos e outras benesses dos altos cargos da Administração Pública;
4- rentabilizar melhor materiais e bens consumíveis nas várias repartições do Estado.
Poupar-se-iam centenas de milhões de euros  e evitar-se-iam mais sacrifícios dos funcionários públicos!
 
P.S.- Este artigo de opinião é a minha resposta às afirmações do sr. João Salgueiro, porta-voz dos bancos, que sugeriu o congelamento, de novo, das carreiras dos funcionários públicos, camuflando outra solução que ele sabe ser bem mais justa e eficaz para capitalizar os cofres depauperados do Estado: aumentar os impostos aos bancos!

Manuel Coimbra

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