Nove de junho de 2011: entram-me pela casa, via TV, as figuras e vozes de dois irmãos (idiologicamente falando)- Mário Soares e o "amigo americano" Frank Carlucci-, e, como num encontro de irmãos que não se vêem há muito, vimos e ouvimo-los falar das suas peripécias (leia-se reuniões de conspiração contra a Revolução de Abril, que parecia seguir o caminho do socialismo, não o do dr. Mário Soares). Ao ver tudo isto, veio-me á memória o 11 de março de 1975 e o bombardeamento do Ralis, a morte do soldado Luís, depois o Verão quente de 75, a acção do ELP e do MDLP, ligados á direita mais retrógada, e não só, cuja acção foi de extrema violência sobre pessoas ligadas á esquerda e/ ou ao PCP, especialmente no centro e norte de Portugal, assaltos aos Centros de Trabalho (sedes) do PCP e os seus militantes atacados a tiro (...). Mais tarde, em 1979, no Alentejo, são friamente assassinados a tiro dois trabalhadores agricolas, Casquinha de 48 anos e Caravela, de 18, apenas porque defendiam desarmados os seus postos de trabalho, e até hoje os assassinos nunca foram a julgamento e tudo isto aconteçeu acompanhado da ingerência dos EUA e debaixo do "olho´clínico e Cia(tico) " do "amigo americano" e com especial simpatia e melhor colaboração do homem que meteu o socialismo na gaveta (Dr. Mário Soares ) e que tanto gosta de falar em direitos humanos, mas nunca o vi pedir justiça para os familiares das vítimas de que falei. Por isso, ao vê-los na TV, de imediato exclamei: olha que dois! (...).
Texto de arlindo Costa, publicado no DN em 12 de junho de 2011, mas que é bom recordar a certos "democratas" da nossa praça.
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