Poesia de
intervenção?
Quê?
Falar de
esperanças
quando há menos
crianças?
Falar dos fatores
de produção,
da evolução que
as leva à extinção?!
Falar do
progresso das nações desenvolvidas,
onde há menos
crianças nascidas!?
Há! Sim! Países super desenvolvidos,
com altos níveis
de vida,
mas com
natalidade negativa!
Não há
necessidade de crianças?
De sorrisos, de
beijos e de abraços
para a alegria de
se viver?!
Não?
Só interessa o
PIB, sempre a aumentar?
O PIB não sabe
transar?
Onde a preocupação
e a solidariedade social?
Só interessa o
liberal e a liberdade total?
Até nas religiões
já nota
a passagem do “Venha a nós”
e o “perdoai-nos
senhor” para
o venha a mim e que nos crimes de corrupção seja assim:
que haja a prescrição, que não seja pecado,
e qualquer tribunal,
de inocência passar certificado.
Poesia de
intervenção?!
Blá blá, saboreando
uns gins
e curtindo uns
bytes?!
Tá-se bem! All
right!
Até já se vota
para o governo
e para o
parlamento europeu!
e para todos os filhos da fruta,
que os pariu, com
muito bicho!
Afinal, onde a
preocupação
ecológica de os mandarmos pró lixo?
Só ficamos no blá
blá,
deixando tudo
como está?
Quando deixamos
de votar nos
filhos da fruta,
que os pariu,
que por aí há,
e votamos num
novo advir?
Votar em mães,
que possam parir novos
filhos,
mas filhos da luta para a luta:
para no pomar haver melhor fruta.
Ou ficamos no blá
blá e tudo fica como está?
………xxxxxxxxxx…………
Autor: Figas de
Saint Pierre de Lá-Buraque
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