Exactamente
a dois anos de seis séculos sobre a data – 24 de Julho de 1414 - em que D. João
I decidiu conquistar Ceuta, o primeiro-ministro decidiu não (re)conquistar o
cargo de primeiro-ministro (PM), proclamando: “Que se lixem as eleições!”. Ambas
as decisões não deram bom resultado…
E,
forte e feio “para além da troika”, vá de o PM e seu Governo prosseguir no “bom
caminho” de educar os portugueses a deixarem de “viver acima das suas
possibilidades”, pois que, como se sabe (desde 25/10/2011), “só sairemos da
crise empobrecendo”.
Mas,
no fundo, PM e seu Governo nunca se libertaram desse “obscuro objecto de
desejo”, que são as (re)eleições.
E
depois, as eleições, mesmo “lixadas”, aproximam-se e, pertinho, projectam o seu
poder hipnótico. Em especial, naqueles que as mandaram “lixar”. A quem só resta
mudança de táctica: do “sobreajustamento” para a subverdade.
E
é assim que o nome deixa de ser “a coisa nomeada”: que “o país está melhor” mas
as pessoas não; que – DEO gratias! - os
portugueses “aguentam” um aumento de impostos que há meses se “acreditava” que
“o país não aguenta”; que, no dia em que “não interessa um modelo de baixos
salários”, se aumenta a TSU aos trabalhadores mantendo-lhes a redução real dos
salários; que, mudando-lhe o nome e reduzindo-a ligeiramente (tipo “toma lá o
chouriço e dá cá o porco”), se torna ordinária uma contribuição “extraordinária”;
que, enfim, a única “saída” possível, a “limpa”, nem é limpa (mais dívida, mais
desemprego, mais pobreza, mais desigualdades, menos direitos sociais, menos
acesso a serviços públicos, mais as “sujidades” agiotas de uma “almofada” e de
uma secreta carta “confortante” do FMI), nem, de facto, é uma saída.
“Que
se lixem as eleições!”? DEO gratias,
eleições!
João
Fraga de Oliveira
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