quarta-feira, 28 de maio de 2014

A revolução virtual.


Os tempos são de revolta. Vivemos tolhidos no nosso dia. O desemprego que leva milhares de famílias a viver de apoios sociais que o Estado quer fazer parecer uma "esmola". A emigração para os que cá não podem arranjar sustento para as suas famílias imitando um pouco o que os africanos estão a fazer há muitos anos ao tentar chegar à Europa de forma suicida muitas das vezes, algo que os europeus não necessitam de fazer porque podem circular livremente. O ensino que continua a formar desempregados pois parece que temos uma carência enorme de técnicos de informática para trabalharem na Microsoft mas andamos a incentivar cursos sem qualquer viabilidade e sem darmos a devido atenção ao ensino profissional. Vivemos tempos difíceis e compreendo muita da revolta traduzida na Internet, seja em blogues ou redes sociais. São cada vez as mensagens de completa desilusão pelo estado a que chegamos. Sim, mas era bom que primeiro que tudo tentássemos compreender porque se chegou a este ponto. É fácil criticar mas a obrigação é compreender primeiro. Em tudo na vida deve ser essa a atitude a tomar. Eu sei que ninguém quer explicar isso ao povo português. Muita gente que passa ao lado desta crise como responsável viria o seu nome surgir a letras garrafais. Mas vejamos. Chegaremos a um ponto onde não é mais possível ficarmos pelos desabafos virtuais. Ou vamos para a rua, ordeiramente ou não, e protestamos das formas mais consequentes possíveis ou então fiquemos com as nossas dores e convulsões no nosso canto e deixemos de fazer este ruído todo inconsequente. Pelo voto já se viu que até o BE já chama aos abstencionistas gente desinteressada. Os abstencionismo em vez de colocar a classe política a pensar porque é tão alto assobia para o lado como se nada representasse. Se pelo voto não conseguimos mudar o estado a que chegamos então pensemos em outras formas de manifestarmos o nosso descontentamento. Senão...falem mais baixo por favor ou comprem uma luvas de boxe e um saco de areia.




Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.