sábado, 28 de fevereiro de 2015

"VIDA ALÉM DO FUTEBOL" - SERÁ SOMENTE CULPA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL?

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Clotilde Moreira começo esta minha opinião e pedir a devida permissão da sua parte, de não começar este texto com alguma formalidade, como por começar, por Senhora Dª. Clotilde Moreira.
Depois, para a seguir transmitir e dar a minha singela e modéstia opinião acerca dos eu texto e desde já dar os meus parabéns, pelo seu texto de hoje, com um título bem sugestivo, e muito actual, “Vida além do futebol”, e pela forma como presenteou todos os leitores, principalmente, todos os leitores-escritores de cartas, principalmente deste blogue, “A VOZ DA GIRAFA”.
Efectivamente, estou completamente de acordo com o seu texto, e endereço desde já e mais uma vez os meus parabéns (nunca é demais) e por esta via, pela sua análise tão positiva acerca do desporto em geral, deste nosso pequeníssimo “rectângulo”.
Essencialmente e em especial pelo protagonismo que é dado ao futebol, que é sem dúvida alguma, a modalidade desportiva, que é mais vezes escrita e falada, e que enche as páginas dos nossos “pasquins”, e dado sempre o maior relevo por parte da nossa comunicação social, e vivida com especial emotividade, pela maioria da população, que está completamente “embebedada” pelo futebol e só futebol, parece que não resta mais nada nesta vida, a que eu apelido dos chamados “pés rapados” e ignorantes do resto da cultura e que só falam ou escrevem somente sobre futebol e infelizmente, não vêem mais nada, ignorando por completo as outras modalidades, como que “tenho muitas vezes chamado” as mais pobres, entre outras e muito bem, como afirma no seu texto, em especial os “ATLETAS PARALÍMPICOS”, que pouca importância ou nenhuma é dada pela comunicação social, direi mesmo, que muito pouca mesmo ou nenhuma importância dispensa, infelizmente, a estes briosos corajosos atletas.
Portanto o seu texto está muito bem visto, e mais uma vez os meus sinceros parabéns, aliás nunca é demais, enaltecer o seu texto.
Contudo, permita-me, (neste espaço), e que tenha a devida autorização para tal e com todo o respeito, por todas as outras opiniões que são expressas neste blogue, e repito uma vez mais, umas melhores que outras, mas que tenho todo o dever e direito de respeitar e aceitar, mas igualmente tenho o direito e dever de igualmente chamar a atenção, no bom e melhor sentido critico e reservando o melhor respeito por todos aqueles, que ao longo destes dois anos que existe este blogue, em que colaboram já cerca de nove dezenas de leitores-escritores de cartas, e das 2574 opiniões, pergunto quem já expressou e quem teve a ousadia de falar ou pôr questões acerca das chamadas modalidades menos favorecidas e não debatidas pela comunicação social, que a cara amiga e muito bem refere na sua opinião? Praticamente nenhum dos nossos confrades do nosso blogue, têm tido a ousadia de igualmente de escreverem acerca das modalidades chamadas “pobres”.
Não tenho intenções ou pretensões ser jornalista ou escritor, de livro feito.
Reconheço, no entanto, que ultimamente e dentro daquilo que me é possível “desenhar” e saber transcrever (que é muito pouco), perante outros, que sabem desenhar e rabiscar melhor e com mais aptidões para esta coisa da “escrita”, e, que não está ao alcance de qualquer um, mas ultimamente tenho vindo a exceder, um pouco em assuntos mais ligados ao futebol, mas de forma alguma, estou a fazer qualquer justificação ou a fazer “mea culpa”, porque não tenho esse dever de o fazer.
No entanto tenho sido ao longo destes dois anos, um óptimo observador, (desculpem-me tanta modéstia), mas verifico que neste blogue dos já citados cerca das 2574 textos-opiniões, poucos têm sido os nossos confrades deste “blogue”, que têm arriscado e poucos ou nenhuns têm tido igualmente a ousadia de falarem das chamadas modalidades pobres, que a comunicação social tanto ignora por completo.
Mas mais uma vez e com a devida modéstia, quem tem vindo a falar dessas modalidades pobres? Quem tem? Tenho sido eu.
Permitam-me, já que ninguém me gaba, gabo-me eu. Tenho sido eu, que mais elogios tem feito às chamadas modalidades pobres, (textos-opiniões escritos conforme as minhas capacidades, sabedoria e cultura e o de saber escrever), deste igualmente pobre PAÍS, pelo que deixo, uma listagem dos textos que já reproduzi para este blogue, acerca das chamadas modalidade pobres e extensivos a outros órgãos da comunicação social, que fazem o favor de publicarem.
Finalmente, para a Senhora, mais uma vez os meus parabéns.

DATAS TÍTULO-OPINIÃO MODALIDADE
16-06-2013 Nem tudo é mau Ciclismo
16-07-2013 Super-Atleta Atletismo
09-09-2013 Parabéns à Natação Natação
29-09-2013 Atleta português vence ultramaratona na Grécia Atletismo
29-09-2013 Rui Costa, campeão do Mundo de ciclismo Ciclismo
13-10-2013 Portugal sagras-e campeão do mundo de sub-20 Hóquei em Patins
08-12-2013 O atletismo está de parabéns Atletismo
10-02-2014 O ténis de mesa português ao mais alto nível, está de parabéns Ténis de Mesa
22-06-2014 Rui Costa,vence pelo 3º.ano a volta à Suiça em ciclismo Ciclismo
29-09-2014 Portugal campeão da Europa de ténis de mesa Ténis de Mesa


Mário da Silva Jesus

Os Sinos da Igreja dos Congregados


Sinto grande emoção
Quando repicam os sinos
Elevando seus hinos
Chamando à oração.

São sinos singulares
Estes dos Congregados,
Com seus sons alados
Harmonizando os ares.                                                                                     

Na hora em que os ouço
Não é hora de trindades,
Transportam-me a moço,
Inundam-me de saudades.

in O LIVRO EM BRANCO – página 101 – coligido até outubro de 1988


José Amaral

O pior é o escolhido


Mentem-me até ao coração
E não até aos dentes.
Já não sinto emoção
Não tanto como dantes.
A hipocrisia aumenta
Nesta vivência terrena
Mesma parecendo arena.

Dá-se razão por se dar
Sem se saber a razão
De quem está a esperar
Vir a ter satisfação,
Em almejar o direito
Lhe deveria assistir
Enquanto cá existir.

Dá-se então o galardão
A outros que não a nós
Não por ter o condão
De melhor comer a noz,
Mas por ser o poltrão
Desta teia, onde o sabujo
Torna mais o mundo sujo.

in O LIVRO EM BRANCO – página 99 – coligido até outubro de 1988


José Amaral

Ainda sobre o inqualificável AO

O inqualificável AO – acordo ortográfico –, que maus falantes e piores governantes nos impuseram, não pára de nos surpreender.
Eu sei que a Língua de Camões é uma língua viva, e, portanto, ao longo dos tempos sofreu algumas correcções, pelo que, inicialmente, também defendi tão fracturante acordo, segundo o pensamento de o Português não ser uma língua morta.
Mas, agora, confesso, abomino e não professo o actual AO. Ele não ensina e nem facilita quem não sabia escrever correctamente, como também não convence aqueles que escreviam e escrevem escorreitamente.
Assim, não se compreende a supressão do acento agudo no primeiro ‘a’ no vocábulo ‘para’ na frase ‘não sei onde pára o comboio para a entrada dos passageiros’, como também na celebérrima brincadeira do cágado sem o referido acento, tal como um cidadão egípcio ser filho do amputado Egipto sem ‘p’.
E assim me exprimindo em português anterior ao acordo, chamo-vos a especial atenção para um pequeno excerto noticioso vindo num jornal diário que começava assim: ‘O poder de compra dos espetadores dos festivais de música em Portugal …’.

Vejamos a dúvida: se no Brasil é assim que se entende e escreve o termo espetadores porque o ‘c’ que falta é mudo para aquelas bandas, por cá pronuncia-se com e sem ‘c’, assim: espéquetadores e espétadores. E nunca espetadores, com ‘e’ fechado como aqueles sujeitos que furam com espeto, ou atravessam algo com instrumento agudo. 

José Amaral

Vida além do futebol

Futebol e Paralímpicos

É com muita desilusão que venho constatando que há um silêncio desagradável na comunicação social quanto à actuação dos Atletas Paralímpicos. Estes desportistas também entram em competições internacionais e ganham medalhas e a bandeira portuguesa é levada por esse mundo fora. Nem as marcas da natação, nem os encontros de esgrima adaptada… nada é referido no dia a dia da TV ou na maior parte dos jornais.
Mas o futebol, meu Deus: começam a falar dois dias antes do jogo, durante o jogo e depois do jogo. São aos três e quatro comentadores a explicar porque é que o calcanhar empurrou para a esquerda e a bola foi para a direita ou porque é que o choque entre os dois jogadores que foram ao chão foi a jogada inesperada da vitória.

O não falar, nem escrever sobre outros desportos talvez se deva à falta de “técnicos” na comunicação social. Mas podem chamar os atletas e seus treinadores para irmos aprendendo sobre Judo, Natação, Ténis de Mesa e até sobre os dois pódios que uma jovem esquiadora nacional ganhou.

No Jornal Público de 28/2/2015

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pôs-nos de olhos em bico

As classes políticas e governativas em Portugal cada vez mais estão a definhar o quotidiano social pelos piores motivos, pelo que quase metade do eleitorado já não lhes acha graça nenhuma ou sequer nelas acredita.
Assim, as asneiras governativas acumulam-se de governo para governo, uma vez que se tem apostado nas mesmas castas já gastas e prenhes de graves vícios comportamentais.
Portanto, o chefe de fila do actual executivo mais não tem feito do que fazer o contrário do que houvera prometido, levando-nos a um afundanço civilizacional, social e comportamental incomportáveis.
E, enquanto incessantemente presta vassalagem à toda-poderosa Alemanha, aqueloutro que o quer apear para o seu lugar ocupar, pôs-nos de ‘olhos em bico’ e de ‘cabelos em pé’, após a descarada bajulação pública aos chineses, os novos magos do Oriente, que só mirra nos irão deixar de legado, por contrapartida aos nossos apetitosos vistos dourados.

Ou muito eu me engano, ou será este o desfecho que irá acontecer, para mal dos nossos pecados negociais e das nossas pouco recheadas bolsas.

José Amaral

ZEINAL, EU COMPREENDO!

Caro Zeinal, desculpa tratar-te com esta familiaridade, apenas porque te considero e até podias ser meu filho. Então aquela rapaziada lá da AR queria que tu "abrisses o livro" e fosses qual "pide" denunciar colegas, da PT e de outras empresas associadas, do GES, do BES, apenas para eles se sentirem importantes? Com tantos deputados juristas, nenhum se lembrou do direito que tinhas em nada declarar que te pudesse incriminar a ti próprio? E não tendo a PGR nem nenhum Juiz, ainda distribuído qualquer acusação ou sequer indiciamento, acerca do tal financiamento da PT ao BES/GES, queriam que fosses tu a servir de polícia? Mas com que autoridade moral? Que exemplo têm dado as instituições do Estado? Enterraram a autoridade quando fizeram o 25 de Abril, no exacto instante em que desde então consideram que qualquer sinal de autoridade, seja das forças que a deviam exercer, seja de Juízes, seja até de professores, é rotulada de "fascista". Lá porque tivemos um Presidente do Conselho em ditadura, e que de facto era autoritário, os que não gostam de andar na ordem, desde então querem confundir a autoridade de um Estado democrático, com Fascismo. E então quando há qualquer violação da Lei, todos olhamos para o lado. Todos somos culpados, desde os que têm votado nos governos dos últimos 40 anos, como os Juízes e Conselheiros dos vários Tribunais que não se assumem, que têm medo de exercer os seus poderes.

Como ainda há dias a PGR entendeu, no seu superior critério, considerar que as afirmações de Soares, quando criticou duramente e faltou à consideração a Juízes e Magistrados, terminou com uma ameaça, "ele que se cuide", eram desprovidas de qualquer ilegalidade. Quando provas alegadamente incriminatórias contra Sócrates, foram imediatamente destruídas, lá porque eram simples conversas com vulgo, como se nós fôssemos todos parvos. Então Zeinal, e queriam agora que fosses tu a restaurar a credibilidade do sistema, fazendo de ti um delator e com o risco de tu próprio te incriminares? Por alma de quem? Eles que façam o seu trabalho, que investiguem, que indiciem e que acusem. Nem eu sei se por dizer aqui umas verdades isto será publicado, que fará tu abrires a boca e incomodares ricos e poderosos deste País e do Brasil. Estiveste bem, Zeinal, um abraço.

Modernices ou aldrabices?

Há modernices que me deixam um pouco baralhado, mas ao mesmo tempo fico muito ufano, porque me sinto naquele ‘pelotão da frente’ que logo se estampou no muro mais próximo.
Assim, se quero abrandar a dor de cabeça, uma vulgar enxaqueca, já não preciso de ir consultar os magos de Belém ou de São Bento, pois posso, a partir de agora, comprar tal antídoto, ou num café, num restaurante, numa tabacaria, ou simplesmente num posto de abastecimento de combustíveis, para além dos grandes espaços comerciais que já disponibilizam tais lenitivos.
Agora, ao ver a pressão dos pneus, poderei também observar a minha pressão arterial, ou mesmo ingerir um aditivo energético, em vez de o colocar como suplemento no depósito do combustível.
E é e foi com tantas e por vezes inúteis modernices, que chegamos a onde estamos, sem ponta por onde se lhe pegue, e o pior: sem cheta.
Nesse sentido, em tempos de grandes modernidades e de ‘amplas liberdades’ sem qualquer responsabilidade, é que deliberadamente se misturaram ‘alhos com bugalhos’, para se consumarem enormes ‘roubos de catedral’ em muitas e bem providas instituições que tem dado o ‘berro’, aonde ‘crânios de alto gabarito’ as roubaram até ao tutano, para depois, com total desplante afirmarem, até perante a beneplácita justiça, de que nada sabiam nem de mal nada fizeram, ou melhor, só ocupavam e ocupam tais lugares cimeiros para se governarem à tripa forra, conjuntamente e em conluio com os muitos amigos do peito – os trafulhas da nação.

José Amaral

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

QUAL É O CLUBE OU O PRESIDENTE, QUE NÃO TÊM TELHADOS DE VIDRO?


Não quero de forma alguma, cada vez que venho tecer qualquer comentário nesta secção, criar qualquer tipo de polémica ou “guerrinhas”, acerca dos principais responsáveis dos clubes, que são sem qualquer dúvida e inequivocamente, os seus presidentes, e que têm todo o direito de defenderem com todas as garras aos seus alcances respectivos clubes que representam.
Ontem foi o senhor Bruno de Carvalho, hoje vou dedicar este texto-opinião, (que tem o valor que tem e que os leitores possam fazer o favor ou queiram dar, o devido valor que ele mereça ter, e estou pronto e completamente à vontade para aceitar todas as criticas que me possam apontar, só a este autor e a mais ninguém, sem contudo poderem de qualquer forma ser beliscado o bom nome do Jornal Record, que merece o maior respeito, pois o único responsável por esta opinião assumidamente sou eu, e como tal ninguém me encomendou tal trabalho), ao homem superforte e todo-poderoso do clube nortenho, o senhor Pinto da Costa, digníssimo presidente do grande clube que é o FC Porto.
Como, amanhã, se por acaso houver motivo para tal, poderei falar e criticar igualmente, se for caso para tal o presidente do Benfica, senhor Luís Filipe Vieira, pois não tenho dividas para qualquer um dos presidentes dos chamados três grandes, todos eles me merecem todo o respeito e a devida admiração.
Mas, reconheço antes de mais e acima de tudo, que os presidentes de qualquer clube, seja ele, clube grande ou clube pequeno, são efectivamente para saberem dirigir os destinos dos clubes que representam e defende-los. Tais como os patrões, que têm todo o direito e o dever de saberem (efectivamente neste dia-a-dia dos negócios, quantos patrões não sabem devidamente da “poda” dos seus respectivos negócios, e acabam muitas das vezes, a maioria das quais, e por má gestão acabando por atirarem as suas firmas para as respectivas falências, atirando assim com elas, e os menos culpados, os empregados para o infernal desemprego.

Tal como os gerentes-patrões das firmas, servem para gerir, (aqueles que sabem, ou têm aptidões para tais destinos), os presidentes dos clubes, servem também para gerirem igualmente os destinos, o melhor que sabem dos clubes que representam, cujos sócios confiaram neles, através dos votos, quando das respectivas eleições.
Hoje tive a oportunidade de ter acesso a uma notícia, online, de um jornal diário, mais concretamente o Diário de Notícias, (que peço desculpas por citar o seu nome), em que o presidente Pinto da Costa, tece graves acusações e críticas, às arbitragens, acrescentando o citado senhor, que reconhece que as arbitragens decidirão quem será o vencedor da Liga.
Vou ser um pouco irónico, (coisa que já fui chamado a atenção pelo jornal, para o não fazer, mas a vontade e a teimosia têm destas coisas e às vezes manda mais), e arrisco a perguntar, se sabe prever os números para o sorteio de amanhã do euromilhões..
O senhor Pinto da Costa, criticou as arbitragens que têm marcado a I Liga de 2014/15, na qual o Benfica é líder à entrada para a 23ª jornada com pontos de vantagem sobre o FC Porto, questionando-se sobre a “seriedade” dos árbitros
Sei por experiência própria, porque já fui chamado a atenção para o facto, de ter cuidado quanto ao tratamento que tenho que dar a algumas personagens deste mundo "futeboleiro". Mas no fundo dá-me vontade de fazer a pergunta do título,…QUAL É O CLUBE OU O PRESIDENTE, QUE NÃO TÊM TELHADOS DE VIDRO?

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD   de 26 de Fevereiro de 2015)

Mário da Silva Jesus


Em que ficamos?


Dois jovens agentes da PSP de Lisboa morreram ao serem colhidos por um comboio, aquando de uma perseguição policial a dois malfeitores, suspeitos de terem acabado de assaltar uma residência.
Os inditosos agentes Rainho e Santos, que pertenciam à esquadra de São João da Talha, concelho de Loures, foram homenageados como heróis, com um minuto de silêncio, em todas as esquadras do país. Ponto final, parágrafo.

E se tivessem alvejado os foragidos? Não estariam agora presos, com um processo disciplinar ‘em cima’ até se apurar porque usaram tão certeiramente as suas armas, com tão desproporcionais meios de ataque?

Gostava de escutar atentamente as carpideiras do ‘politicamente correcto’ dizerem o que se lhes oferece sobre o assunto, dado que aprendi que o ‘crime (não) compensa’.


José Amaral

in o JN há 75 anos

Caros Companheiros de Jornada,
Eis o conteúdo de um correio electrónico acabado de chegar à minha toca:
José Amaral



 

dois poemas

a MIGUEL TORGA

Face talhada em granito
E vontade inquebrantável,
Parece-me, por vezes, mito
O seu pensamento indomável.

Vejo-lhe sulcos profundos
Iguais à sua paisagem,
Ramificando mundos
Tal e qual a sua imagem.

a MANUEL DA FONSECA

Face serena, em quietude,
Igual à sua paisagem,
Para a qual tem atitude
Mesmo igual à sua imagem.

Serena seara ao vento
Que por vezes se enfurece,
Gritando o seu lamento
Quando o trabalho fenece.

in O LIVRO EM BRANCO – páginas 98 e 100 – coligidas antes de outubro de 1988


José Amaral

SUBSERVIÊNCIAS

De tanto ouvir a acusação de subserviência à Alemanha, lá fui mais uma vez ao baú da nossa história dos últimos 40 anos e imaginem o que vi. Em pleno Abril/74, o PCP, afogado em subserviência à defunta URSS e à Alemanha "Democrática", prestar-se ao papel de seu verdadeiro embaixador e muito resumidamente, e por falta de espaço, vou lembrar apenas dois casos: o envio dos ficheiros da PIDE para lá da cortina de ferro e o frete na entrega do ultramar aos movimentos afectos à URSS/RDA. Daí para cá, subservientemente, sempre ao lado da URSS nos ataques aos interesses do ocidente. Após o desmantelamento da URSS e da queda do muro, subservientemente nunca se ouviu o PCP a atacar países como Irão, Síria, Cuba, Coreia do Norte ou movimentos hostis ao ocidente como a Al-qaeda ou Jihadistas pois a Rússia é a própria a vetar qualquer voto contra essa gente. E como se há de chamar ao silêncio do PCP do papel da Rússia na Ucrânia? Um conselho ao PCP: olhe-se no espelho e pergunte se haverá algo tão subserviente evitando dessa forma demonstrações de falta de pudor. Termino imitando Jerónimo de Sousa que tanto gosta de finalizar as suas intervenções citando provérbios sempre oportunos: "Quem tem telhados de vidro não atira pedras ao do vizinho". Jorge Morais


Publicada no jornal PÚBLICO em 25.02.2015

1925 – O comércio marítimo em PORTUGAL atravessa uma crise muito grave





“Os impostos directos e indirectos lançados sobre a navegação estrangeira (fazem com que), os nossos portos do Douro e Leixões (estejam) quase a ser postos de parte por aquelas companhias que podem utilizar-se só de um porto para as suas operações, servindo-se, para isso, do Tejo. Outras companhias há, porém, que abandonaram já definitivamente os portos PORTUGUESES. De uma companhia sabemos que escreveu o seguinte aos seus agentes, a propósito das taxas que sobrecarregam a navegação estrangeira PORTUGAL, now seems impossible for foreign boats to trade there . We are keeping awy. Ora isto parece-nos muito grave, tornando-se indispensáveis que os governos pensem a sério e urgentemente neste importante problema e voltem à protecção a toda a navegação, não só a nacional como a estrangeira, que o mesmo é que proteger os nossos portos. A navegação estrangeira é-nos indispensável. Se os outros países lançassem contribuições sobre a navegação portuguesa, como nós fazemos com a navegação estrangeira, que seria da nossa marinha mercante?
(…) Em Dezembro de 1921, entraram em Leixões 71 embarcações e, no Douro, 71 (…) Em 1924, 46 e 56, o que faz prever o próximo abandono dos nossos portos pela navegação estrangeira”.

(In O Primeiro de Janeiro nº 47, de 26-02-1925, 57º ano de publicação, p. 1)