De facto, sou
Sou um ‘puro-sangue’
Mal aproveitado,
Enquanto ‘pilecas’,
Bem alimárias,
Com alforges
bem fundos,
Prenhes de
compadrios,
Se sentam em
belos cadeirões,
Conduzindo ‘limusines’,
Com o freio
nos dentes,
Em risos
imbecis
E ‘tiradas de
ocasião’.
Sinto-me
triste, por vezes,
Mas logo me
alvoroço,
‘Galopando’
inebriado,
Por campos
nem sempre
Verdejantes,
Sem castrações,
Mas, por
vezes,
Com algumas ‘aflições’.
Flagelos
Só me falta
um tronco
E praça
apropriada,
Pois vergastado
sou
Nesta existência
adiada.
Só não sei
qual a razão
Nem o porquê
adiado
Deste povo
pobretão
Que vive
angustiado.
Todos se
lamuriam
Em choros
tão inconstantes,
Pois, se
sofrem, deveriam
Ver seu
logro, quando votantes.
Temos, pois,
o que merecemos,
Ninguém devemos
culpar,
Culpados,
todos somos,
De tão baixo
os elevar.
(nota –
poemas urdidos até outubro de 1988)
José Amaral
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