Poema dos Sofridos
Nesta vida
tão terrena,
(Ainda não
conheço outra)
Castrações mil
se sofrem
Tantas
humilhações se contêm.
Suo, por
vezes, o que outros sentem,
Neste agrilhoar
constante,
Não sabendo
por que penamos,
Mas sabendo
o que passamos.
Os humildes,
sofridos, dizem:
Esta vida
ser uma passagem
A caminho de
outra melhor.
Todavia, já
não sei
O estar
neste estádio,
Pois, para
mim, é um calvário.
Tenho sido
eu
Tenho sido
na vida tão
Marginal como
amador,
Não no campo
profissional, não,
E não no
terreno do amor.
Mas, por
isso, só espinhos
Tenho colhido
das rosas,
Enquanto outros
vizinhos
Vivem vidas
tão mimosas.
Será que
tenho apetites
Estranhos e
não comuns?
Por isso
evito convites
De uns
tantos alguns.
Vivo, pois,
em coexistência
Por vezes
pouco pacífica,
Mas quero a
minha existência
Vertical,
livre e crítica.
nota - poemas coligidos até 1988
nota - poemas coligidos até 1988
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.