O ano de 2015 não
é novo, porque cobre-se com uma roupagem tecida com problemas
por resolver de anos anteriores:
1. O sistema bancário continua sem regulamentação,
o que tem permitido a banqueiros usar o dinheiro dos depositantes em proveito
próprio, fugir ao pagamento de impostos e vender produtos
financeiros fraudulentos a cidadãos e entre bancos, tendo provocado a
crise financeira internacional que gerou, por arrasto, a crise da dívida
soberana, que lançou na pobreza e numa morte lenta
dezenas de milhões de pessoas. Este saque
institucionalizado deveria ser considerado crime financeiro contra a
humanidade. Tal como os criminosos de
guerra, assim deveriam ser condenados os criminosos do mundo financeiro pelo
Tribunal Penal Internacional.
2.
Há países da U. E. a pagar as suas dívidas
públicas, enquanto que os países ricos, nomeadamente os E. U. A.,
que têm uma dívida pública monstruosa, 16 biliões de dólares, não são intimados a pagá-las.
Por que hão-de países mais pobres pagar as suas dívidas
públicas, e outros mais
ricos não as pagar? Na lei, só deve haver um peso e uma medida!
3.
O Exército Islâmico
continua a sua senda de atrocidades, mas quem o financiou e armou? Foram os E.
U. A. e o Qatar, para forçarem a entrada na Síria,
onde pretendem fazer passar gasodutos e pipelines até à
costa mediterrânea, a par de interesses nas jazidas
de gás do país.
4.
O conflito israelo-palestiniano continua por
resolver. O reconhecimento pela Suécia de um Estado Palestiniano soberano
foi um acto de justiça e solidariedade para com o povo
palestino, que deveria ser seguido por muitos outros países do
mundo, devendo-se tomar medidas definitivas para a instauração
de um Estado palestiniano, implicando a retirada de Israel da Cisjordânia
e o fim do bloqueio a Gaza.
5.
Em Portugal, em ano de eleições,
os partidos do governo repõem parte dos salários
e subsídios e o Presidente da República anuncia a recuperação
económica. Mas durante 4
anos, o 1º ministro viabilizou a emigração forçada de centenas de milhar de jovens, a
falência de pequenas e médias empresas, o empobrecimento de
milhões de portugueses, cortes orçamentais na saúde e
na educação, que têm causado imensas tragédias
pessoais e familiares.
Esperemos que 2015 se vista com roupa mais nova, pela resolução definitiva destas crises humanitárias.
Esperemos que 2015 se vista com roupa mais nova, pela resolução definitiva destas crises humanitárias.
Manuel Coimbra
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.