Os filhos pródigos visuais
O espelho
e outros
seus sucedâneos
são os
filhos pródigos visuais.
Eu estou
baço
E os meus
sucedâneos também.
Seremos nós Humanidade
os filhos
pródigos sucessivos sucedâneos?
Regressaremos
ao ponto de partida
ou da chegada?
Invisíveis
vampiros
Já não é dia
a noite
ainda se agita
há vampiros recolhidos outros não
o sangue
adormece em corpos em ponto morto
estou na
horizontal
da
perpendicular linha imaginária
tenho
calçada a cabeça
e vejo sem
olhos
e ouço o meu
corpo
trabalhando
mansamente.
Estou só ou
não?
Hoje estou
só neste momento.
Não sei se
sei a que levará tudo isto
mas só sei
que aqui estou só
ou não?
(feito, este
poema, enquanto esperava, no Teatro Rivoli, o começo de uma reunião geral de
trabalhadores bancários)
(nota –
poemas coligidos até outubro de 1988)
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.