Ontem, dia do sempre aliciante e por vezes cheio de polémicas, que sempre rodeiam estes jogos, em que os intervenientes são entre os dois velhos rivais da capital, ou se preferirem os leitores, como se diz na gíria e na linguagem “futeboleira", os dois clubes da 2ª circular. Resolvi, com uma hora antes do início desse jogo, tecer um pequeno comentário, acerca do mesmo, e enviar para este espaço. Acontecem infelizmente, e é raro o jogo que tal, não surgem sempre casos, quer sejam dentro dos respectivos recintos ou fora dos mesmos, quer os jogos disputados em qualquer dos dois estádios, sejam os que são efectuados no Estádio José de Alvalade, quer os que sejam no Estádio da Luz, estes jogos entre Sporting C.P.-S.L. Benfica, são raras as vezes que não acontecerem distúrbios e manifestações de pouco “fair-play”, provocadas especialmente pelas claques de ambas os clubes.
Ontem mesmo, uma hora antes do início do jogo referente à 20ª jornada da Liga Portuguesa de Futebol, que oponha o 1º e o 3º classificado respectivamente com a diferença pontual entre ambos de sete pontos, e que iria ser o jogo aliciante e uma vitória do Sporting sobre o seu rival, relançava o Sporting neste campeonato, uma vez que na véspera o principal perseguidor, ao primeiro lugar, o F C Porto, tinha praticamente passeado a sua classe e ganho sem grande oposição do seu adversário, em pleno recinto de Moreira de Cónegos, o Moreirense, por (0-2). Escrevi, então para este espaço e em jeito de antevisão ao jogo, (efectivamente deva confessar que ninguém me encomendou tal sermão, eu é que abusivamente tomei de assalto este espaço, para tecer um pequeno comentário acerca do "derby", mas que por razões óbvias, e que respeito muito, não teve o acolhimento suficiente ou a qualidade de manuseamento da pena e no tema que escolhi em cima da hora, ou porventura por falta de tempo ou espaço e não era oportuno, a sua publicação, e, volto a repetir merece todo o meu respeito e aceito com todo o “fair-play” e toda a educação, tal decisão do editor desta página). Mas estava eu a tentar justificar o porquê ter escolhido em cima da hora do jogo, fazer um pequeno e breve comentário acerca do “derby”, foi somente no intuído único e nada mais do que isso, de que fosse um jogo sem casos, quer entre jogadores (que são os principais artistas), técnicos, equipa de arbitragem e fundamentalmente entre os adeptos. Isto porque, na altura veio-me à memória (já um pouco frágil), os tristes e reprováveis acontecimentos, aquando do jogo de futsal a contar igualmente para a 20º jornada, realizado na véspera no pavilhão nrº. 2 do Estádio da Luz, cujo desfecho final se cifrou no resultado de (1-1), e um final a dois segundos do seu términos a todos os níveis as cenas lamentáveis e reprováveis, quer entre os jogadores de ambas as equipas, quer entre o público, demasiado nervoso, enfim um final de espectáculo a todos níveis muito e sempre negativo, a bem do desporto, seja em que modalidade for.
E foi por esses acontecimentos, que manuseei provavelmente toscamente um “escrito”, numa singela mensagem de “fair-play”, para que o jogo de ontem, fosse disputado com dignidade, e que todos fossem dignos uns dos outros. Afinal, infelizmente estava redondamente enganado.
Acabou, por ser um jogo correcto, sim, e sem casos dentro do recinto de jogo e que “os principais artistas da bola” proporcionaram um bom espectáculo. Somente lamentáveis os cânticos provocatórios de uma das claques. Lamentar e registar igualmente o facto de dois indivíduos terem sido detidos e sete ficaram feridos, (decerto os tais adeptos que devem ser banidos dos espaços desportivos), foram detidos por distúrbios, coacção à autoridade, injúrias e agressões a elementos da PSP, e os desacatos por parte de uma claque após a marcação de um golo.
Assim não, porque “FUTEBOL SEM CORRECÇÃO, NÃO É DESPORTO”.
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD de 09 de
Fevereiro de 2015)
Mário da Silva Jesus
Essa é uma frase chavão, que se pode aplicar em todas as situações, pois a correcção deve existir sempre em todas as relações sociais.
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