quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Nem tudo está mal em Portugal

Nem tudo está mal em Portugal. Pudera, se assim não fosse a tragédia era total.
Assim, li com todo o contentamento que uma empresa de excelência, que se iniciou em 1999 com apenas cinco elementos, actualmente tem 144.
Este êxito empresarial, situado em Castêlo da Maia, distrito do Porto, fabrica 15 mil bem-cheiroso e afamados sabonetes por dia, e continua a não ter ‘mãos a medir’ para satisfazer tanta clientela.
Também, com muito agrado, constatei que a indústria de calçado vai de ‘vento em popa’, pelo que até Cristiano Ronaldo tem a sua marca de calçado – a CR7 Footwear -, com preços que vão dos 100 aos 550 euros por par.
Só é pena que um ferrete mui negro tivesse maculado tal indústria, com a insolvência de um ícone do nosso calçado – a Camport/Campeão Português, que lançou no desemprego centenas de trabalhadores em quase meio milhar de famílias.
E, engrossando o galopante desemprego em Portugal, a Arco Têxteis, em Santo Tirso, despejou no labirinto dos desempregados mais 288 operários.
O mesmo se passou em Ovar, em que a empesa têxtil Tovartex despediu mais 31 operários, quando chegou a ter 400 e agora reduzidos a 150 trabalhadores.
Todavia, o CEO da Ignios (Observatório de Insolvências de Empresas) – António Monteiro -, vê sinais de que a economia portuguesa está a recuperar, pelo que, segundo as suas fidedignas estatísticas, foram ‘criadas 6,6 empresas por cada insolvente’.
Só que tais informações fidedignas se esquecem de dizer que as empresas criadas são quase exclusivamente individuais, a operarem quase sempre em ‘vãos de escada’, quando as empresas que vão ou foram ‘à vida’ tinham centenas e centenas de trabalhadores. É esse, pois, o sofisma de tais estatísticas.
Também acabei de saber que os nossos ‘produtivos’ políticos e dirigentes afins passaram a ganhar mais do que há três anos, mas ficaram altamente escandalizados com o aumento do ordenado mínimo nacional na Grécia!

Enfim, somos um país de brandos costumes a raiar uma certa estupidez colectiva.

José Amaral

2 comentários:

  1. O grande problema é que por cada uma fábrica que abriu, o que é sempre remedeia alguma coisa, fecharam três.

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  2. Caro José Amaral,
    Claro que nem tudo está mal.

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