“Os impostos directos e indirectos lançados sobre a
navegação estrangeira (fazem com que), os nossos portos do Douro e Leixões (estejam)
quase a ser postos de parte por aquelas companhias que podem utilizar-se só de
um porto para as suas operações, servindo-se, para isso, do Tejo. Outras
companhias há, porém, que abandonaram já definitivamente os portos PORTUGUESES.
De uma companhia sabemos que escreveu o seguinte aos seus agentes, a
propósito das taxas que sobrecarregam a navegação estrangeira PORTUGAL,
now seems impossible for foreign
boats to trade there . We are keeping awy. Ora isto parece-nos muito grave,
tornando-se indispensáveis que os governos pensem a sério e urgentemente neste
importante problema e voltem à protecção a toda a navegação, não só a nacional
como a estrangeira, que o mesmo é que proteger os nossos portos. A navegação
estrangeira é-nos indispensável. Se os outros países lançassem contribuições
sobre a navegação portuguesa, como nós fazemos com a navegação estrangeira, que
seria da nossa marinha mercante?
(…) Em Dezembro de 1921, entraram em Leixões 71
embarcações e, no Douro, 71 (…) Em 1924, 46 e 56, o que faz prever o próximo
abandono dos nossos portos pela navegação estrangeira”.
(In O Primeiro de Janeiro nº 47, de 26-02-1925, 57º ano de
publicação, p. 1)
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