Antes de mais devo antecipadamente prevenir e confessar todos aqueles leitores, que fazem o favor e que têm a devida “pachorra” para lerem este texto-opinião, que não sou, de forma alguma e muito longe destas qualificações académicas, nenhum sociólogo ou mesmo politólogo, para poder devidamente apurar e analisar, em termos humanos, o que se terá passado em concreto ontem, levando as pessoas ao extremo da “loucura fanática”, invadindo o terreno de jogo quando este ainda decorria, aquando, do jogo referente à segunda meia-final da CAN 2015, entre as selecções do Ghana e Guiné Equatorial, país organizador da prova por razões extra futebol, deixando essa análise para os citados especialistas na matéria, acerca do triste desfecho final de um jogo de futebol, e somente isso e nada mais. Isso mesmo, de mais de que de uma partida de futebol, como tantas outras. E efectivamente há muitos aspectos para serem devidamente analisados por esses académicos, ao que se passou infelizmente em redor daquele extra encontro de futebol. Apenas não passo de um simples adepto, como já várias tenho vindo a público confessar neste mesmo espaço, pois não passo efectivamente por um adepto descansadamente sentado no sofá, e a desfrutar o prazer, de ver através do pequeno ecrã da televisão, e de me deliciar ou não, conforme o encontro e os clubes que se estejam a defrontar e as circunstâncias em que os jogos estejam a decorrer ou seja em especial e fundamentalmente o seu desfecho final. Desfecho final, esse, que infelizmente, ontem passou todas as marcas por parte de pessoas não civilizadas e que tenham alguma vez aprendido a ver um jogo de futebol, tal como ele é. Falo no tal jogo entre o Ghana e a Guiné Equatorial.
Como tal, sendo somente um amante compulsivo do fenómeno chamado futebol, em especial e que, por defeito da minha parte, é uma das minhas maiores paixões, a seguir obviamente e como não podia deixar de ser à paixão que tenho à minha família mais chegada, isto é, à minha esposa, filha e neto.
Mas vou-me retirar e deixar-me de estar aqui escusadamente com estas lengalengas e ir directamente ao assunto que me trás hoje, até esta página.
Precisamente e a propósito do que se passou ontem, nesta fase final do Campeonato Africano das Nações ou Taça das Nações Africana. E, como mais atrás citei, o tal jogo, que marcou e ficará e será para sempre lembrado e marcado pela forma, a negativa, o jogo referente à segunda meia-final deste CAN 2015, que se está a realizar na Guiné Equatorial, entre as selecções do Ghana e da Guiné Equatorial, que vi em directo através do canal da EUROSPORT. Quando tudo parecia nada prever e quando os ganenses já venciam folgadamente os “donos da casa” por 3-0, e estavam a 8 minutos (o jogo foi interrompido aos 82, devido a incidentes que levaram à invasão de campo de algumas dezenas de adeptos), do términos desse encontro e prontos para festejarem com todo o mérito a sua presença no próximo domingo na final frente à Costa do Marfim, deste CAN 2015, que ficará na história do desporto africano, em especial do futebol, manchado a negro, tal como o próprio do continente, por fanáticos que deviam ser completamente banidos dos campos de futebol. Este foi o 30º. Campeonato Africano das Nações, que teve o seu inicio em 1957, tendo sido o país organizador o Sudão, sendo o primeiro vencedor o Egipto.
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD de 06 de
Fevereiro de 2015)
Mário da Silva Jesus
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