Era muito bom, mas vou ainda mais longe e exageramente, confesso, que apetece-me afirmar, que seria bom e de mais, em especial para qualquer um de nós cidadãos, em especial para todos aqueles de mais fracos recursos económicos, que acontecessem eleições legislativas todos os anos, e porquê, ou para quê? Estão provavelmente alguns leitores a perguntar, entredentes e o que leva este “sujeito” a fazer tal afirmação. Mas, vamos lá por partes.
Porque na verdade e a realidade dos factos, é que este ano de 2015, mais propriamente em Outubro próximo, vamos ter eleições para a Assembleia da República e como tal é sempre conveniente os políticos cá do nosso “burguesinho”, começarem já a fazerem as suas promoções, as suas promessas, enfim a darem aquilo que depois, e eles sabem bem, que não podem e nem vão cumprir.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) no ano de 2011, levou a efeito o chamado Censos, que quer dizer e consiste na maior parte de informação nacional, sobre o número da população que somos, as famílias, as nossas habitações, a habilitações literárias de cada um de nós, e inclusive a religião que cada um professa, tudo isto para
o INE poder fazer um retrato geral da população e o parque habitacional e contribuir para o respectivo desenvolvimento das “nossas gentes”, o que para mim muito sinceramente, não passa ou não deixa de ser uma verdadeira mentira, mas enfim.
Que eu tenha conhecimento ou me lembre, não se esqueçam que entretanto, já se passaram praticamente quatro anos, sobre esse último Censos, e das muitas questões que aquele longo lençol de perguntas que nos faziam, não me recordo de todas elas, mas decerto não foi com toda a certeza feita ou ter sido apresentada qualquer pergunta, no sentido do Instituto Nacional de Estatística (INE), estar interessado ou querer saber, qual a filiação clubística de cada cidadão. Quase de certeza que não quis saber.
Afirmam no entanto alguns entendidos nesta matéria de estatísticas internas, que no universo português, estão calculados cerca de 6 milhões (lembro os leitores que os números apresentados nos Censos de 2011 a população cifrava-se, então em cerca de 10.562.178 “almas”), de adeptos e fiéis seguidores da “religião benfiquista”.
Será por este motivo, isto é, pelo número dos tais 6 milhões de benfiquistas, que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa Dr. António Costa, com alguma astucia muito típica e própria do “zé aportuguesado”, e, que é candidato às próximas eleições para a Assembleia da República e um forte (?) candidato a primeiro-Ministro, pensou também ele entredentes, nos tais milhões de benfiquistas e ajudou a autarquia a aprovar a decisão de perdoar o pagamento de taxas de urbanísticas, relacionadas com as obras nas imediações do estádio da Luz e nas instalações da Benfica TV, no total de 1,8 milhões ao Sport Lisboa e Benfica... Passei a citar de fonte de um jornal diário, sob os fortes protestos da oposição.
Será que sou maldoso e pensar que o Dr. António Costa está convencido que os citados 6 milhões da família benfiquista, são todos do PS e como tal, pelo motivo de perdoar a divida fiscal ao Benfica, irá ficar bem no retrato, das próximas eleições, e todos os benfiquistas irão votar nele?
Eu, se fosse ao senhor Doutor, “quiçá” futuro primeiro-Ministro deste “burguesinho” de aproveitadores políticos, pensava um pouco melhor. E, já agora não seria igualmente interessante que a divida que agora foi perdoado ao Sport Lisboa e Benfica, não seria mais bem utilizada e de uma maior utilidade pública, e mandasse limpar a maior parte das artérias da capital, em especial em baixa pombalina, que para além de velha, feia e suja, precisa mesmo de uma outra cara.
A sério pense neste meu conselho...ah! já não vai a tempo, que pena.
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD de 13 de Fevereiro de 2015)
Mário da Silva Jesus
Não houve qualquer perdão de dívida ao Benfica, o que sucedeu foi que a Câmara isentou de taxas um determinado projecto na área do Estádio, como aliás as Câmaras fazem aos clubes de futebol e a outras associações de utilidade pública. A comunicação social, algumas vezes lança veneno com algumas informações para nos atormentar, ainda mais, o dia-a-dia.
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ResponderEliminarMas, mesmo assim, o António Costa parece-me que está cada vez mais a ficar 'melhor do que a encomenda'.
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