a MIGUEL TORGA
Face talhada
em granito
E vontade
inquebrantável,
Parece-me,
por vezes, mito
O seu
pensamento indomável.
Vejo-lhe
sulcos profundos
Iguais à sua
paisagem,
Ramificando mundos
Tal e qual a
sua imagem.
a MANUEL
DA FONSECA
Face serena,
em quietude,
Igual à sua paisagem,
Para a qual
tem atitude
Mesmo igual
à sua imagem.
Serena seara
ao vento
Que por
vezes se enfurece,
Gritando o
seu lamento
Quando o
trabalho fenece.
in O LIVRO
EM BRANCO – páginas 98 e 100 – coligidas antes de outubro de 1988
José Amaral
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