domingo, 22 de fevereiro de 2015

'O quero, posso e mando'

Parece que os ministros das Finanças de Portugal e de Espanha, por outorga dos respectivos Governos fizeram mais oposição do que o ministro das Finanças da Alemanha, acerca de se encontrar uma solução comum para a celebração de um acordo no seio da EU, a fim de a Grécia conseguir equilibrar com mais temperança e socialmente aceitável o que de muito mau se abateu sobre o povo helénico.
Assim, após o acordo ter sido aceite, Varoufakis – ministro das Finanças da Grécia – desabafou em particular, afirmando que os representantes de Portugal e de Espanha foram mais alemães do que a própria Alemanha. Tal como Salazar se comportou no tempo da II Grande Guerra Mundial ao ser muito prestimoso para com o sanguinário Hitler. Por isso, o povo usa muito o termo ‘está-lhes na massa do sangue’. Logo, os seus directos herdeiros assim pensam e agem.
Todavia, se se seguir o ditame que diz ‘se não os podes vencer, junta-te a eles’, a posição portuguesa não terá sido má de todo, no entanto, penso que foi mais subserviência do que qualquer espírito de vitória, acatando, isso sim, a superioridade e a soberba da toda poderosa Alemanha, que se julga novamente a dona da Europa, não pelo terror da guerra, mas simplesmente usando ‘o quero, posso e mando’.


José Amaral

1 comentário:

  1. Os alemães, que não conseguiram dominar a Europa pela força das armas, conseguem através da economia e finanças e dos acordos em que eles ditam as regras.

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