quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Quão difícil é ...


Tenho andado a pensar quão difícil é elaborar a redacção de um acordo ou tratado, que seja verdadeiramente preciso e conciso, e que não dê azo algum a dúbias interpretações.
Que tenha as pontuações aonde devem ser colocadas. Nem mais à frente, nem mais atrás, uma vez que, não sendo postas nos sítios certos, podem alterar radicalmente o resulto previsto e sentido final encontrado. Senão vejamos aquela célebre frase que alguém escreveu numa retrete pública e que fora presenciada por um elemento da polícia de Estado – a Pide.
A frase era a seguinte: ‘Salazar não faz falta à nação’, e o pide deu logo voz de prisão ao muralista, mas este escusou-se, afirmando que ainda não tinha pontuado a frase.
O polícia aquiesceu e o homem assim pontuou: ‘Salazar não, faz falta à nação!’
E quando um acordo é vertido em várias línguas, caso na babel dos 28 países que integram a UE?
Casos graves de tradução aconteceram durante a II Grande Guerra, ao serem bombardeados locais errados.
Suponhamos que, em guerra em território africano, queríamos bombardear a cidade de Freetown, a capital da Serra Leoa, e que as forças beligerantes falavam francês e faziam a tradução para a sua língua? Logo, iriam bombardear a cidade de Libreville, no Gabão, ou vice-versa, se traduzissem o alvo do ataque para inglês.

José Amaral

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