Portugal parece ter encontrado um novo tema para treinadores de bancada, a Grécia. Eu passo a ser um deles, obviamente.
Provavelmente até irá pegar a moda dos desgravatados na politica, prática que se poderá estender às empresas, aos serviços publicos e por aí adiante. Casual Alexis, tá-se bem!
Mas o que mais impressiona do lado daqueles que se colocam literalmente do lado do actual governo Grego, é acreditarem que é possível salvar aquele país com uma sucessão de almoços grátis. E que a moda até se poderá estender a Portugal que está exaurido de tanta austeridade, como os gregos claro está, mas em menor dose, felizmente para nós.
Há por cá até quem aposte as fichas todas numa mudança de vento vindo do mar jónio,e que o novo primeiro ministro de Portugal a partir das próximas legislativas será o líder do PS, o qual, contrariamente à expectativa de muitos, não tem conseguido fazer mais ou melhor do que Seguro fez enquanto secretário geral do PS e deputado. Aliás, a bancada do PS "liderada" por Ferro Rodrigues, diga-se o que se disser, não melhorou em nada com esta recente mudança apesar do espectacular congresso que meteu cante alentejano e Maria do Céu Guerra. Foi bonito, é verdade, e sentido, mas insuficiente para chegar ao governo e fazer melhor. É preciso mais, explicar as soluções que substituam a austeridade que ninguém gosta nem cá nem na Grécia.Onde é que elas estão afinal?
Um dos mais entusiastas da mudança na politica helénica foi o fundador do PS. Este encontra-se em grande forma, escreve bem, merece o respeito de muita gente e merecidamente, mas que já não se recorda dos pactos que o mesmo fez com o FMI nos anos setenta e oitenta. Dos aumentos de impostos que implementou e cortes inclusivamente nos subsídios de Natal. Não havia alternativa pois não ? Claro que não havia.
Todos gostaríamos que a Grécia se salve, que a Europa se mantenha unida, que os países periféricos se aproximem cada vez mais da convergência, mas as soluções tardam em aparecer porque os países do norte parecem desconfiar do comportamento enviesado dos do sul. Os próximos meses serão de expectativa,Os olhos estão postos na Grécia e sente-se um temor em muita gente,em Bruxelas, no BCE, no FMI e não só. Na nossa coligação também.
Por cá, perde-se tempo com as presidenciais e desejamos ardentemente por um sinal de Costa. Vêm aí mais greves, comissões de inquérito e um desassossego com uma prisão de Évora. Um novo portal das finanças, um moderníssimo modo de consultar e registar faturas para obter benefícios fiscais e que não está acessível para milhares de portugueses que não têm computadores nem nunca poderão saber sequer o que isso é.
O que vale é que o Benfica vai à frente, mas é garantido que vai-se ver grego para manter a liderança. Aguenta Benfica, aguenta.
Afinal não estou sozinho na critica à Syrisite aguda que por cá tem grassado.
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