Mentem-me
até ao coração
E não até
aos dentes.
Já não sinto
emoção
Não tanto
como dantes.
A hipocrisia
aumenta
Nesta vivência
terrena
Mesma parecendo
arena.
Dá-se razão
por se dar
Sem se saber
a razão
De quem está
a esperar
Vir a ter
satisfação,
Em almejar o
direito
Lhe deveria
assistir
Enquanto cá
existir.
Dá-se então
o galardão
A outros que
não a nós
Não por ter
o condão
De melhor
comer a noz,
Mas por ser
o poltrão
Desta teia,
onde o sabujo
Torna mais o
mundo sujo.
in O LIVRO
EM BRANCO – página 99 – coligido até outubro de 1988
José Amaral
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