terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O amor ao amor

Andamos neste reboliço, nesta agitação, sem tempo para os que mais amamos e para nós mesmos... sem tempo para parar.
O silêncio faz-nos falta...

É refrescante conhecer gente que vai contra a corrente, livre. Que se recusa a fazer igual, que nega o nosso espírito gregário...
Adília Lopes, 54 anos, poeta, autora de vários livros. Ela é diferente... Felizmente, não é a única. E sabe tão bem conhecer gente assim.
Não tem computador, nem carro (não conduz), nem telemóvel.
Escreve numa Olivetti azul, fabricada na Jugoslávia, uma máquina de escrever, objecto em vias de extinção "senão já claramente extinto" (escreve-se no Ípsilon de sexta, 20 de Fevereiro) e cujas partes obtém junto de pessoas amigas.
Escreve à mão no caderno com canetas BIC, ao longo do dia. Escreve todos os dias. (O que mais gosta de fazer, fá-lo diariamente!)
Partilho esta frase sua que foi publicada no suplemento do PÚBLICO:
"Os intelectuais endeusam o livro, as obras. E isso não é o mais importante. O mais importante é o amor."

Tornar-nos mais humanos, eis um grande desafio. 
A diferença já é poesia...

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. De facto,a poesia faz a diferença, e para muito melhor, pois nunca vi ninguém ser metralhado pela poesia.
    A poesia é a luz da alma de qualquer mortal.

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