que diga,
que fale de
poesia,
mas como fazer poesia,
sentir poesia,
dizer poesia,
neste tempo que
passa
cheio de
desgraça,
com um por
cento
a ter noventa e nove por cento
da riqueza
mundial?
Que rima devo fazer?
Se for com a que
sinto
tem de ser com a
de filhos da puta,
de estupores,
de cabrões,
de corruptos,
mas não,
não querem nada disso,
querem mas é a de conformação
a da esperança,
a do céu azul.
os sorrisos das
crianças
da suava brisa do
mar
a do luar,
mas que não rimam
com roubar,
com gamar,
com burlar!
Dizei-me
como fazer
poesia,
neste tempo de
desgraça
com um por cento
a ter noventa e
nove por cento da mundial riqueza?!
Como viver com
alegria,
perante tanta
avareza?
Mas, obrigado,
ainda permitem,
aos pobres,
em democracia,
dizerem:
JE SUIS CHARLIE
Que hipocrisia!
Voltando à minha
questão,
dizei-me como
posso fazer poesia,
neste tempo de
imensa riqueza,
que só serve para
mais opressão?
Um por cento a ter noventa e nove por cento!
Que felizes que estão
os que filhos da puta são!
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