A mim não apanham eles...
A minha afilhada Sara resistiu quanto pôde quando chegou a
hora de frequentar a pré-escola; e quando lhe diziam que ia aprender muitas
coisas novas, poder brincar com outros meninos, respondia que já aprendia
coisas giras com a “Rua Sésamo” e que, para brincar, já brincava muito com a avó;
hoje, que tem uma filha com a idade que ela tinha naquele tempo, com uma avó
com quem fica o dia todo, talvez enfrente dilema semelhante.
E dou comigo a pensar como a Sara, quando se fala em viajar para conhecer
”in situ” outras gentes, pois deve ser horrível a sensação de rejeição, de não
ser bem-vindo, que é o que vem acontecendo um pouco por todo o lado, sobretudo
onde a afluência de forasteiros é maior, em que são cada vez mais ostensivas as
atitudes contra quem os visita.
Os críticos da ideia chamam-lhe uma “disposição de estilo
fascista”, que é a proibição imposta pela Câmara de Roma, com multa pesada para
quem não cumprir, de os turistas se sentarem nos degraus da escadaria da Praça
de Espanha – Scalinata di Trinitá dei Monti – património mundial da UNESCO; e
aos visitantes também está proibido cantar nos transportes públicos, bem como
estender cuecas à janela do alojamento, enfim, aquilo que entendem por
comportamentos inadequados...
Amândio G. Martins
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