“Deontologia da Imprensa...
...É o título que Valter Hugo Mãe deu ao seu texto de domingo no JN, de que vou
transcrever alguns parágrafos. Acerca deste assunto, há na TV espanhola “La
Sexta” um programa muito divertido, ao início da noite, depois dos principais
noticiários do dia, chamado “El intermedio”, cujo indicativo é: “Ya conocen las
notícias, ahora les contamos la verdad”.
...“Hoje, quando inevitavelmente a maioria das pessoas se
informa de modo errático, sem critério nas fontes, sem genuína, empenhada,
preocupação com a factualidade, à Imprensa resta lembrar-se da deontologia e
regressar à conduta que sempre justificou a sua existência. Estou em crer que
sobreviverão os meios que proponham um compromisso de maior dignidade com os
seus leitores. O cidadão comum, acostumado agora a passar em superficial
velocidade pelos cabeçalhos do dia, numa atitude de puro entretenimento e não
de consciencialização informativa, não vai tornar-se leitor pagante de um
jornal a menos que sinta que adquire um reduto privilegiado, de valor concreto,
da verdade.
Hoje, a força de um jornal estará na sua seriedade, chegando
às mãos das pessoas como algo em que possam confiar, por oposição a um universo
sem fim de mentiras e meias-verdades em que todos estamos imersos.A deontologia
jornalística nunca, como agora, se tornou tão urgente. A ética jornalística é
fundamental para a construção social. Sem uma informação clara e imparcial
ninguém poderá votar de modo convicto. (...) O mundo virtual é infinitamente
mais ágil e atraente e bastará para dominar os espíritos voláteis e inconsequentes
que se desenham cada vez mais”.
Amândio G. Martins
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