sábado, 17 de agosto de 2019

Rui Rio e as traições rascas


Nunca morri de amores por Rui Rio. A sua proverbial tendência para o autoritarismo não se coaduna com a minha própria visão do sistema. Apesar de tudo, compreendo o seu modo de pensamento, constato a sucessão de erros que vem cometendo, e, situando-me “a milhas” do seu ideário político, custa-me ver que está a ser vítima de actos que mais não são do que torpes traições dentro do seu próprio partido. Atacar e denegrir na praça pública os chefes, exigir-lhes o afastamento prematuro, desistir de lugares que se aceitaram para listas eleitorais, tudo para minar a confiança na chefia da organização a que se pertence só porque não se concorda com a sua orientação, não é de gente honrada. Não será com o meu voto que Rio vai chegar a primeiro-ministro, mas tenho para mim que, dentro dos partidos (e de muitos órgãos decisórios) deveremos bater-nos, internamente, pelo que achamos justo, sem esquecer que, à saída, só poderemos perfilhar o que, “lá dentro”, foi decidido. De contrário, há que apresentar, simplesmente, a demissão do cargo que desempenhamos e, depois, aguentar até que chegue o “nosso” momento, mas sem rasteiras nem golpes baixos.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado, mas do que eu gostava, muito sinceramente, era que "eles" se enobrecessem a si próprios, de vez em quando, e não pensassem só no Poder. No Poder e no resto...

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