terça-feira, 6 de agosto de 2019

Vamos sequenciar o "ADN social"!

O uso de palavras clínicas como muleta de linguagem social é já um hábito. O "ADN" pulula e a "esquizofrenia" já lhe segue o caminho. Para o que quero dizer, chega-me o primeiro, muito embora, no final, a segunda talvez seja o que mais se adequa ao "diagnóstico" provável.
Vem isto a propósito  de na perturbante notícia - Extrema direita à frente no Leste da Alemanha - se ficar a saber que o partido AfD ( Alternativa para a Alemanha) está no primeiro lugar das sondagens das próximas eleições regionais dos estados  da Saxónia, Brandenburgo e Turíngia, deixando inclusive a CDU ( alemã!) para trás. Todos estados que faziam parte da Alemanha (dita) Democrática  do antes da reunificação. Na Europa é Visegrado o cancro, na Alemanha é isto. O que há aqui de comum? Genoma social? Ou geográfico? Ou estarei a ter um pesadelo? Ou,ou? "Mente fendida" ou/e "travestismo genético-social"?
Só como nota final deixo aqui o que Elena Ferrante escreveu no seu texto "Notícias a cântaros": "...Tive sempre admiração por quem, do interior das convicções mais diversas, na desordem que é própria de todo o presente, intuiu desde o início os perigos enormes do nazi-fascismo e os denunciou com coragem. Mas seremos nós ainda capazes de sermos sentinelas que vêem longe?...". Eu também. Especialmente quando se detectam paradoxos (?) aparentemente sem conexão.

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Sei que não é "bonito" vir aqui no próprio texto, mas a justificação é que é um acrescento. Saiu um livro - "Era dos Muros", de Tim Marshall - sobre o qual o Público traz hoje (7/7) um relevo com análise que me pareceu uma maravilha. Corri a comprá-lo e vai na mala para férias. Depois de lido, voltarei a ele, se for caso disso.

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