domingo, 25 de agosto de 2019

"Santuários" e coisas similares

Hesitei em juntar ao título um... "ou no pequeno está o ganho". Realmente os santuários são limitados no espaço ( uns mais que outros) mas simbolicamente têm um peso específico imenso. Como seria (será?) o Museu Salazar que o "ilustre" presidente socialista da Câmara Municipal de Santa Comba Dão quer construir com - reparem bem - a motivação de " não deixar no olvido os ilustres filhos da terra" e, "juntando" mais qualquer coisinha que é "não deixar amputar um parte da nossa história". Em poucas palavras está todo um pensamento (?), na mistura "manholas" entre o pequeno e o grande. Clássico. Semelhante ao que se passa no mundo com a contemporaneidade entre avanço cientifico e subida o poder dos truculentos incultos e/ou distorcidos da mente.
No mesmo mundo onde os "santuários" se querem manter ou (re)instalar. Veja-se o Vale dos Caídos com Franco, a Predapio de Mussolini, o museu de Estaline em Gori e o Berghof de Hitler, tudo "gente boa"! Neste último, curiosamente, há um pequeno facto ( parece...) que merece nota: o aumento de camionetas com visitantes da Hungria e da República Checa... E a "coincidência" de, em Portugal, para além da ideia do museu "santacombense", ter havido uma reunião de neonazis ( uma redundância, esta palavra...) e um encontro de cristãos (!) em Fátima, onde pontificavam Viktor Orban e o chefe de gabinete de Trump. E, no entretanto, o parlamento da Rússia de Putin, aprova a "reactivação" ( o que quer que isso seja) do pacto Molotov/Ribentropp. "Les bons esprits se rencontrent"....
Tudo isto - sempre "pequeno" mas feito cizânia - vai fazendo o seu caminho com a permissividade dos democratas que, inventando nomes como "pós-modernidade" e quejandos, vão deixando "Troia" ser reinvadida por "cavalinhos" feitos de coligações contranatura ( só aparentemente...). Com a ajudinha de " bem intencionados" que entendem que o que seria desejável, para não delapidar a História, era um museu do Estado Novo, arquitectado por uma associação entre "uma espécie de Rui Ramos/ Fernando Rosas" ( não chega vir nos livros?)... Tão "lindo" que seria! Ou, mais às escâncaras, como Vasco Pulido Valente, dizer que o salazarismo nun ca foi um regime fascista mas sim " uma ditadura clerical" (sic). E a "estupidez " (sic) de quem assim não acha... "aflige-o".

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

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