quinta-feira, 15 de agosto de 2019


Será mesmo censura?...


Três autarquias espanholas – Madrid, Oviedo e Bilbao – que mudaram recentemente a “gerência”, decidiram romper o contrato que os antecessores haviam firmado com alguns artistas nacionais para animar as festas locais; a coisa foi notícia porque os cantores reclamaram da decisão, tanto mais que, estando comprometidos, ficaram impedidos de aceitar outros convites.

Vi na TV o debate do assunto, em que todos os participantes acusavam de censura os “alcaldes” que tomaram aquela decisão; todavia, vendo a letra de algumas das músicas que os referidos artistas – Luís Pastor, Rosalém e C. Tangana – costumam apresentar nos seus espectáculos, que o programa ia passando, para apreciação de quem comentava, tenho poucas dúvidas de que, pelo menos  os versos de Tangana, de tão escabrosos de machismo e ofensivos da mulher, não têm um mínimo de dignidade para se apresentarem a uma plateia heterogénea, pelo que, naquela posição dos autarcas, se calhar faria o mesmo, pese ter de indemnizar os artistas.


Nota – Arengou em tempos por aqui um fulano que, alegando ser “expert” na matéria, aborrecia o mundo com enormes lençóis de prosa futeboleira que metiam dó; extrapolando largamente da sua “expertise”, porventura convencido de ser indispensável acrescentar o seu génio analítico àquilo que toda a gente já está farta de saber, porque no-lo metem “ad nauseam” pelos olhos os profissionais do negócio, o sucessor daquele “catedrático”, muito para lá de meter dó,  realmente mete nojo!


Amândio G. Martins



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